Brasil e Paraguai fazem acordo para combater crime organizado nas fronteiras

Serão instaladas bases de comando bipartite nas fronteiras de Pedro Juan Caballero-Ponta Porã e Salto del Guairá-Guaíra.

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Serão instaladas bases de comando bipartite nas fronteiras de Pedro Juan Caballero-Ponta Porã e Salto del Guairá-Guaíra.

Autoridades do Brasil e do Paraguai concordaram em avançar com a instalação de bases de comando bipartite nas fronteiras entre os dois países, para um trabalho de cooperação contra o crime organizado.

Segundo o ministro do Interior do Paraguai, Arnaldo Guizzio, “estamos enfocados em fortalecer este vínculo. Enquanto não se desenvolvem ações, é muito difícil enfrentar a delinquência organizada”.

A sede do primeiro comando bipartite será instalada entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (MS); posteriormente, prevê-se a instalação de outra entre as cidades de Salto del Guaíra e Guaíra.

Pelo Paraguai, participaram da reunião, além do ministro Giuzzio, o ministro Emilio Fúster, da Unidade Anticontrabando, e representantes das forças de segurança.

Os representantes do Brasil foram João Luiz Caetano de Araújo, coordenador geral de Repressão ao Narcotráfico, Tráfico de Armas, Combate a Facções Criminosas, Roubo e Crimes Violentos, além de dois policiais federais, Richard Murad e Alexandre Cristovão.

Pelo acordo, está prevista maior assistência técnica por parte do Brasil e apoio de experts no combate ao crime organizado a nível internacional.

DOCUMENTOS

Procurado pela Interpol, o paraguaio Bogado circulava livremente no Paraguai com documentos brasileiros.

Um dos pontos principais de cooperação entre os dois países é o intercâmbio de informações e, principalmente, em trabalhos de inteligência.

A troca de informações permitirá monitorar os paraguaios que tenham obtido documentação brasileira e brasileiros que conseguem documentos paraguaios.

O ministro Arnaldo Giuzzio recordou o caso do paraguaio José Bogado Quevedo, com 34 processos abertos na Justiça brasileira e incluído na lista vermelha da Interpol pela polícia do Brasil, que transitava livremente no Paraguai com o nome de José Luiz Bogado Gonzalez, conforme documento de identidade emitido pela Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso do Sul.

Bogado foi um dos feridos no festival de música Ja’Umina Fest, num ataque em que foi morto o traficante Marcos Ignacio Rojas Mora e também a influencer digital Vita Aranda, que nada tinha a ver com a rixa entre quadrilhas. Foi um “homicídio colateral”.

Também foi ferido o boliviano Marcelo Eladio Monteggia Díaz, apontado como narcotraficante. Ele já teve alta e está preso, junto com Bogado. Os outros três feridos eram frequentadores da festa e foram atingidos por acidente.

Fontes: Agência IP, Última Hora e Campo Grande News

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