Segurança na fronteira
Prof. José Afonso de Oliveira
Pensar na segurança e poder agir é fundamental para a nossa sociedade, tanto quanto para os nossos vizinhos argentinos e paraguaios. Estamos vendo na televisão conflitos armados nas margens do Rio Paraná, na fronteira do Brasil com o Paraguai, com sérios riscos para as populações ribeirinhas dos dois países.
Há um tempo participei, na Câmara de Vereadores, de uma audiência pública para a construção de toda uma rodovia que ligava o Parque Nacional do Iguaçu à Itaipu Binacional exatamente com o objetivo de ocupar toda essa faixa da margem dos rios Iguaçu e Paraná, revitalizando-a para o turismo e, dessa forma, evitando atos de violência provocados por criminosos e forças de segurança.
Desconheço completamente o que ocorreu posteriormente, pois, conforme o que era informado na época, o projeto seria enviado ao Ministério da Justiça para liberação das verbas necessárias à construção. Seria também uma iniciativa governamental que contaria com investimentos privados nos ramos de hotelaria, de bares e de restaurantes.
Penso que deva existir um projeto ao qual estou referindo-me, que poderia ser discutido por quem de direito e colocado em prática. Já existem costaneiras em cidades ribeirinhas tanto na Argentina quanto no Paraguai, sendo lugares muito aprazíveis e com algum volume de público diariamente, mesmo no período noturno.
À medida que esses espaços são ocupados, evidentemente as rotas criminosas se veem coagidas e impossibilitadas de agirem – e, dessa forma, a maior contenção da violência e da criminalidade é possível de ser realizada em prazos mais longos.
De outra forma, ao revitalizarmos essas regiões, tanto do lado brasileiro quanto argentino e paraguaio, estamos abrindo novos espaços para a ocupação de vários tipos de atividades culturais e recreativas, de sorte a termos um público mais constante, atraindo também os nossos turistas, ou seja, teremos na verdade construído um novo atrativo turístico – o que é muito bom para o desenvolvimento dessa atividade em Puerto Iguazú, na Argentina; em Ciudad del Este, no Paraguai; e, claro, na nossa Foz do Iguaçu.
É uma nova realidade que pode surgir implementando ações turísticas, as quais são sumamente necessárias, urgentes e prioritárias neste momento que estamos vivendo e, principalmente, na fase posterior à pandemia que iremos vivenciar. Todos unidos – brasileiros, argentinos e paraguaios – objetivando uma significativa melhoria para todos.
* José Afonso de Oliveira é Professor e sociológo em Foz do Iguaçu.
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