Nesta nova onda da pandemia, Paraguai tem recorde de mortes

Nas 24 horas até quinta-feira, a covid-19 matou 64 paraguaios. Recorde histórico em 24 horas é 152 óbitos.

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Nas 24 horas até quinta-feira, a covid-19 matou 64 paraguaios. Recorde histórico em 24 horas é 152 óbitos.

O sucessivo aumento nos casos de covid-19, no Paraguai, está também se refletindo nos internamentos e nas mortes pela doença.

Na quinta-feira, 27, havia 1.001 paraguaios internados, 176 deles em unidades de terapia intensiva. Dos que estão em UTI, 82 são pessoas não vacinadas, 61 tomaram só uma dose e 33 têm vacinação completa.

Foram registradas 64 mortes, o maior número da fase atual da pandemia, embora ainda longe do recorde de óbitos provocados pela covid-19 em 24 horas, que chegou a 152 em junho do ano passado.

Entre os 64 mortos, 32 não tinham sido vacinados e 16 só tinham tomado a primeira dose.

Por idade e vacinação: uma pessoa tinha menos de 19 anos e não era vacinada; quatro tinham entre 20 e 39 anos, três deles não imunizados; sete vítimas fatais estavam na faixa entre 40 e 59 anos, três não vacinadas e uma com apenas uma dose; e 52 óbitos foram de idosos com 60 anos ou mais – 25 não vacinados e 15 com uma dose.

Portanto, morreram 17 pessoas com esquema de vacinação completo e 47 não vacinadas ou com apenas uma dose.

Desde o início da pandemia, a covid-19 já matou 17.176 paraguaios.

CASOS EM AUMENTO

Só nas 24 horas até quinta-feira, foram registrados mais 5.724 casos, aumentando o total para 559.906.

Na semana até quinta-feira, o Paraguai acumulou 36.581 novos casos, um aumento de 9% em relação à semana anterior, conforme dados do site Worldometers.

Houve também 264 mortes, 113% a mais do que na semana anterior. O país viu subir rapidamente, ainda, a proporção de óbitos em relação à sua população, fechando a semana com o índice de 36 mortes a cada 1 milhão de habitantes.

Os números do Worldometers sobre o Paraguai, na semana até quinta-feir,a 27.

RECOMENDAÇÃO

O Círculo de Médicos do Paraguai insta a população do país a cuidar-se para evitar o contágio, levando em conta a situação epidemológica e a sobrecarga que já se está dendo nos centros assistenciais do país.

A presidente do Círculo, doutora Gloria Meza, alerta: “Eu creio que teríamos que nos cuidar muitíssimo, neste momento, por um mês. E acredito que daí vai baixar novamente o número de contagiados”, disse.

E acrescentou: “Se nos mantivermos com esses cuidados, é provável que em três meses possamos ter novamente uma diminuição de casos e estar um pouquinho mais distantes desta doença”.

BRASIL E ARGENTINA

No Brasil, o Worldometers aponta um crescimento de 54% nos casos (a semana fechou com o total de 1.194.001) e 78% nos óbitos (na semana, foram 2.918).

Já na Argentina houve uma queda de 19% nos casos (631.417 ao longo da semana), mas aumento de 54% nos óbitos (nos sete dias até quinta, morreram 1.543 argentinos).

Proporcionalmente à população, a Argentina fechou com um índice ligeiramente inferior ao do Paraguai: 34 mortes por milhão de habitantes.

Embora o índice venha piorando, o Brasil esteve melhor que os dois, proporcionalmente: na semana, foram 14 mortes por milhão de habitantes.

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