Saúde confirma transmissão comunitária da variante delta no Paraná e mais 16 casos

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As novas ocorrências da cepa indiana do coronavírus foram constatadas em 11 cidades paranaenses.

A condição de transmissão comunitária da variante delta do coronavírus no Paraná foi confirmada nesta quarta-feira, 28, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Também foram informados mais 16 casos dessa cepa, conhecida como indiana.

A disseminação do vírus é considerada comunitária quando o “contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão”, reportou a secretaria. Segundo o órgão, entretanto, segue predominando no estado a cepa gama, de origem amazônica.

As 16 novas ocorrências da variante delta, com seis mortes, foram identificadas em 11 cidades: Araucária (1), Colombo (1), Curitiba (3), Fazenda Rio Grande (1), Piên (2), Piraquara (1), Pinhais (1), Fernandes Pinheiro (3), Irati (1), Imbituva (1) e Campo Mourão (1). “Quatro casos estão encerrados como cura, um paciente teve alta e cinco estão em investigação”, informou a Sesa.

Já as mortes ocorrem entre 6 e 28 de julho, nas cidades de Curitiba (2), Piên (2), Imbituva e Irati. As pessoas que perderam a vida tinham de 31 a 83 anos, conforme a Secretaria de Estado da Saúde. Ao todo são agora 29 casos e 12 óbitos da cepa B.1.617 no Paraná, em pessoas com idades entre 12 e 83 anos (veja os casos anteriores).

O secretário de estado da Saúde, Beto Preto, explicou que a confirmação da transmissão comunitária, considerada de preocupação pelas organizações de saúde, deu-se depois de avaliação técnica e investigação epidemiológica ampliada. Ele disse que o quadro requer atenção, mas “não desespero.

“Ressaltamos mais uma vez a importância fundamental das medidas não farmacológicas, que são o uso de máscara de proteção de forma correta, a higienização frequente das mãos e o distanciamento social”, apontou. “Além da imunização na data que a dose estiver disponível”, acrescentou.

Surgida na Índia, em outubro do ano passado, a variante delta apresenta mutações genéticas múltiplas e é denominada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) “variante de atenção/preocupação”, de acordo com a Sesa. Isso por alterar o comportamento do coronavírus, ser mais transmissível do que outras linhagens.

Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná, “não há evidências até o momento de que as infecções pela delta provoquem casos mais graves ou óbitos”. O órgão informou que já foram realizados 2.770 testes com 133 amostras suspeitas da variante encaminhadas para a Fiocruz. Conforme a investigação, a P1, que incidiu a partir de janeiro no Paraná, ainda é a mais ativa, presente em 95,63% das amostras avaliadas.

O primeiro caso confirmado da variante delta no Paraná foi em 2 de junho, em Apucarana, em uma mulher de 71 anos.

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