Preço pela metade já provoca falta de gasolina em Puerto Iguazú

Ainda são poucos os brasileiros que vão abastecer na Argentina, mas já há queixas de moradores locais.

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Ainda são poucos os brasileiros que vão abastecer na Argentina, mas já há queixas de moradores locais.

Bem que os donos de postos alertaram: se o governo argentino não aumentasse as quotas para os postos de fronteira, iria faltar combustível em Puerto Iguazú e outras cidades fronteiriças com o Brasil e o Paraguai.

Não deu outra: começou a acontecer. O portal El Territorio diz que já não se conseguia, na quarta-feira (26) à tarde, comprar a nafta súper (gasolina aditivada) em nenhum posto de combustíveis de Puerto Iguazú. À noite, faltavam já outros combustíveis.

“Começou a se registrar falta de produtos nas cidades fronteiriças”, confirmou ao portal o empresário Faruk Jalaf, presidente da Câmara de Postos de Serviço do Nordeste Argentino.

O motivo é bem simples: o preço da gasolina, nos postos de Foz, varia entre R$ 6,12 e R$ 6,68. Em Puerto Iguazú, custa a metade.

É mais ou menos a mesma diferença entre os preços da gasolina na Argentina e no Paraguai, onde o contrabando já se tornou um grande negócio para os paraguaios.

O movimento ainda é pequeno. Imagine quando diminuir a burocracia. Foto Marcos Labanca

Nas redes sociais, muitas queixas. “Falando de zero previsão e/ou planejamento. Ficamos sem gasoloina em Iguaçu. Levaram tudo os brasileiros que vêm com tanques extras (galões) no porta-malas, para revender lá. Vamos ver se assim despertam os políticos de turno, já que terminou a quarentena”, comentou Alejandro Nieva em sua conta no Facebook.

Nos comentários à matéria publicada no El Territorio também houve críticas: “Era previsível. Tinham que pôr uma quota, do contrário prejudica a todos que precisam de combustível para trabalhar. A famosa assimetria (de preços) sempre prejudica os misioneros” (moradores da província de Misiones, onde fica Puerto Iguazú), comentou Corcho Jackaroe.

Mas outro leitor, Raul Señuk, não concorda em impor quotas para brasileiros, que considera “uma vergonha”. E disse que em nenhum país que visitou foi discriminado por ser argentino, ao imporem quotas para compras ou preços diferentes.

El Territorio finalizou a matéria informando que alguns postos diziam que ainda ontem à noite receberiam combustível para abastecer seus tanques.

Mas é só o começo. A partir de 1 de novembro, quando houver menos burocracia para atravessar a fronteira, certamente haverá muitas filas nos postos de Puerto Iguazú.As exigências, hoje, são até exageradas.

Veja a nota da Polícia Federal do Brasil que o H2FOZ publicou esta manhã:

Polícia Federal esclarece dúvidas de quem quer ir à Argentina

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