Quintal de casa. Onças do Iguaçu lança livro sobre a fauna do Parque Nacional do Iguaçu

Lançamento acontece no Rancho Jaguareté, parceiro do projeto e que foi transformado com a participação nas ações de conservação.

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Lançamento acontece no Rancho Jaguareté, parceiro do projeto e que foi transformado com a participação nas ações de conservação.

Moradores e proprietários de áreas na região lindeira ao Parque Nacional do Iguaçu (PNI) são atores preponderantes para o sucesso do Projeto Onças do Iguaçu, de conservação do maior felino das Américas. Para dar um retorno a essas comunidades parceiras, o programa lança o livro “Bichos do Parque Nacional do Iguaçu: a vida no seu quintal”.

Após ser adiado por causa das chuvas, o lançamento acontece nesta quinta-feira, 20, a partir das 18h, no Rancho Jaguareté, em São Miguel do Iguaçu (PR). A publicação reúne animais do Parque Iguaçu, registrados em armadilhas fotográficas, e pretende contribuir para aumentar a conexão entre os moradores e o parque.

“Esses proprietários permitem o acesso da nossa equipe às suas áreas e apoiam a pesquisa e conservação das onças”, explica Yara Barros, bióloga e coordenadora-executiva do Projeto Onças do Iguaçu. O livro, completa, foi elaborado em parceria com o Proyecto Yaguareté (Argentina) e a WWF Brasil.

Assista à entrevista de Yara Barros no Programa Marco Zero:

Onças do Iguaçu é um projeto institucional do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), desenvolvido em conjunto pelo Parque Nacional do Iguaçu e pelo Instituto Pró-Carnívoros. Tem como missão a conservação da onça-pintada como espécie-chave para a manutenção de toda a biodiversidade do Parque Nacional do Iguaçu.

“Marcos da Onça”

O espaço que recebe o lançamento, o Rancho Jaguareté, é emblemático. Os proprietários, Marcos e Suzi, são parceiros nas ações de conservação desde 2018, quando uma onça-parda predou três novilhas deles. O casal recebeu orientação e, dessa relação, surgiu a ação Onça Compensa, uma estratégia para envolver a comunidade.

A ideia é identificar oportunidades e desenvolver produtos e serviços em que a parceria e o conceito de proteção da onça-pintada na região agreguem valor, acrescendo ou gerando renda para as famílias. “O Marcos e a Suzi produziam queijo, que era vendido localmente. Nomeamos o produto de ‘Queijo da Onça’ e ajudamos com mais compradores”, conta Yara.

O queijo foi um sucesso. E, com ele, outros produtos na produção familiar, como pão, cuca, salame e queijos saborizados. O produtor se transformou no “Marcos da Onça” e ganhou renome na comunidade por divulgar sua história em entrevistas à imprensa regional. Já o rancho foi reformado e transformado para atender ciclistas e visitantes do entorno do Parque Nacional do Iguaçu.

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