Covid-19 já é primeira causa de morte no Paraguai

No ano passado, a doença provocada pelo coronavírus estava em 5° lugar entre a mortalidade de paraguaios.

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Um simples dado mostra como a pandemia de covid-19 avançou rapidamente no Paraguai.

Em 2020, ao provocar mais de 2 mil mortes, a covid-19 era a quinta principal causa de óbitos no país.

Nestes primeiros cinco meses deste ano provocou 6.966 óbitos e ficou em primeiro lugar, segundo a Diretoria de Informação Estratégica em Saúde Pública do Paraguai.

A notícia foi publicada no jornal La Nación, que traz ainda outros números oficiais.

Até 2019, a média anual de mortes no Paraguai girava em torno de 32 mil. Em 2020, já com os números da covid, houve o registro de 34.700 óbitos.

Nestes cinco meses de 2021, com os óbitos por covid, já foi superada a metade das mortes que ocorreram em 2020.

MUDANÇA DE PATAMAR

Há poucas vacinas. Imunização no Paraguai é uma das mais baixas do mundo. Foto Agência IP

As doenças do sistema circulatório, até então a principal causa de óbitos no Paraguai, ficaram em segundo lugar, com 6.500 falecimentos de janeiro a maio deste ano.

No total, de janeiro a maio, o Paraguai teve 18.705 falecimentos, com a covid na liderança.

O câncer e os tumores em geral, que eram a segunda causa de mortalidade, passaram ao terceiro lugar; e as enfermidades do sistema circulatório desceram para a quarta posição.

CASOS E MORTES

O Ministério de Saúde Pública informou que, nas 24 horas até a quinta-feira, 3, o país teve mais 3.262 casos positivos de
covid-19, com 102 óbitos, inclusive de pessoas jovens.

O relatório mostra que oito mortos tinham entre 20 e 39 anos; 33 tinham entre 40 e 59 anos; e 61 eram idosos com mais de 60 anos.

Desde o início da pandemia, o Paraguai soma 9.498 mortes e 364.702 casos confirmados.

ALTO NÚMERO DE POSITIVOS

De cada 100 amostras, 37 são casos positivos para a doença, um índice alarmante. Foto Agência IP

Um dado muito preocupante, em relação aos casos, é que o número de positivo representa algo sempre próximo a 40% dos testes.

Desta última vez, de 8.655 amostras analisadas, 3.262 foram positivas, ou seja, 37,6% do total.

A Organização Mundial da Saúde diz que a alta taxa de positivos mostra que “a transmissão da enfermidade é intensa, a transmissão comunitária está muito grande e os sistemas sanitários continuam muito baixos”, em países da América do Sul.

E a situação no Paraguai é a pior, diz a OMS, segundo noticia o site ADN Digital: em casos positivos sobre a quantidade de testes diários, o país apresenta a média de 37% (ontem não fugiu à regra).

Também está em situação complicada a Argentina, com 33% de positivos nos testes diários, e a Colômbia (30%).

E isso que no Paraguai a situação melhorou, lembra o ADN Digital, já que houve dias em que a taxa de positivos atingiu 50%.

MORTES EM ALTA

A Organização Mundial da Saúde também alerta sobre a alta taxa de mortalidade na região, muito superior à média mundial. No Paraguai e na Bolívia, diz a OMS, a mortalidade por covid aumentou 20%, na semana passada.

Como não há vacinas suficientes, a OMS recomenda manter medidas preventivas, como o distanciamento social e o uso de máscaras.

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