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O diretor da Décima Região Sanitária do Paraguai, Hugo Kunzle, disse em entrevista ao jornal Última Hora que desde o início da pandemia os brasiguaios estão fazendo consultas em Foz do Iguaçu, cidade que agora está com o sistema de saúde à beira do colapso.
Brasiguaios são os brasileiros que migraram para o Paraguai, nos anos 1970, e hoje representariam cerca de 300 mil pessoas, incluindo seus descendentes.
“São justamente os brasiguaios que estão fazendo uso da facilidade de que dispõem e indo fazer consultas no Brasil”, disse Kunzle. E instou os paraguaios para que procurem os serviços de saúde com que contam em Alto Paraná, departamento cuja capital é Ciudad del Este.
“Nós insistimos com nossa população para que consulte em nossos serviços, porque estamos preparados para atender”, garantiu, mas lembrando que houve um aumento de casos positivos de covid-19 nas primeiras quatro semanas de 2021.
“Estamos em franco aumento, dentro do departamento, e as regiões mais afetadas são Ciudad del Este, Hernandarias e Miga Guazú”, explicou.
Em relação à ocupação de leitos de terapia intensiva, informou ao correspondente do jornal Última Hora, Wilson Ferreira, que continuam com 90% de ocupação.
VACINAÇÃO
Na próxima segunda-feira, comentou ainda o diretor da Décima Região Sanitária, começará a aplicação de vacinas anti-covid no Hospital Regional de Ciudad del Este, para médicos e enfermeiros que atuam na UTI.
“Estamos na expectativas para proporcionar as primeiras vacinas ao pessoal de branco. Chegam neste domingo e começamos a aplicação na segunda-feira, à primeira hora”, disse o diretor.
O Paraguai recebeu nesta quinta-feira, 17, 4 mil doses da vacina Sputnik V, fabricada na Rússia. O número é baixo, mas seria suficiente para atender os profissionais que atuam nas UTIs dos hospitais paraguaios.
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