Em uma só noite, dobra o número de internados por covid em Ciudad del Este

O Paraguai registra um aumento de casos da doença, depois de semanas em que houve estabilização e até redução.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Entre a noite de segunda-feira e a madrugada de terça, 24, dobrou a ocupação de leitos de UTI no departamento de Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este. E isso ocorreu também em outras regiões do Paraguai, colapsando o sistema de saúde pública, de acordo com o jornal Hoy.

A diretora de Terapias e Urgências do Ministério de Saúde Pública do Paraguai, Leticia Pintos, disse que “aumentaram muitíssimo os casos. Os pacientes chegam em estado muito grave e são encaminhados diretamente à UTI, assim como foi no início (da pandemia)”.

“Está acontecendo o contrário do que acontecia há um mês, quando o paciente chegava à emergência, era estabilizado e não precisava passar pela terapia intensiva”, comparou a médica.

Alto Paraná, segundo ela, tinha números epidemiológicos bons, mas a situação vem mudando, já que havia apenas 10 leitos de UTI ocupados, até a semana passada, e agora já são 20.

No departamento Central, 100% dos leitos de UTI estão ocupados, na rede pública. Na madrugada de terça-feira, três pacientes que chegaram “em estado gravíssimo” foram encaminhados a hospitais privados.

Leticia Pintos voltou a insistir na importância de cuidados preventivos, como a lavagem frequente das mãos, o distanciamento físico e o uso de máscara. Ela apelou mais uma vez à consciência cidadã para continuar enfrentando a enfermidade.

Casos e mortes

Com mais 819 casos positivos de segunda para terça-feira, o Paraguai já totaliza 77.891 casos confirmados. Houve mais 12 mortes, subindo o total para 1.677.

Há ainda 693 pacientes internados, dos quais 119 estão em terapia intensiva. Desde o sábado, 21, aumentou o número de pacientes internados, de 655 para 693. Mas os internamentos em UTI diminuíram de 127 para 119, o que não significa uma tendência de queda, como prova Alto Paraná.

O Ministério de Saúde Pública, apesar de os casos terem aumentado 10% nas últimas semanas, não acredita numa “segunda onda” de contágios, segundo informou o diretor de Vigilância da Saúde, Guillermo Sequera, ao jornal Última Hora.

“O aumento que vemos é bastante homogêneo. Se vê (no departamento) Central, na capital e em outros municípios. Também apresentaram aumentos importantes (os departamentos) de Cordillera e Misiones, onde duplicou o número de casos na semana”, comentou.

Sequera também recomendou o respeito “meticuloso” às medidas de cuidados para evitar a propagação do vírus.

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