O preço de todos os combustíveis teve reajuste nesta terça-feira, 18, no Paraguai. O aumento sobre o preço atual gira em torno de 400 guaranis (R$ 0,32) por litro, segundo o jornal ABC Color. Com o reajuste, o preço da gasolina comum passa para 5.100 guaranis, o equivalente a R$ 4,08.
O jornal Última Hora lembra que, no ano passado, devido à pandemia, as empresas que vendem combustíveis haviam baixado os preços em 650 guaranis (R$ 0,52) por litro. Agora, com este segundo reajuste no ano (o anterior foi em fevereiro), os preços subiram 800 guaranis (R$ 0,64).
O diesel, por sua vez, passou a custar 5.530 guaranis o litro (o equivalente a R$ 4,42). A explicação das empresas se baseia em três fatores, conforme o jornal ABC Color: o aumento do preço do diesel, no mercado internacional; o dólar em alta no mercado interno paraguaio; e a elevação também do preço do biodiesel, que é adicionado obrigatoriamente ao diesel.
A adição é de apenas 2%, mas o biodiesel hoje é adquirido por 9.400 guaranis o litro (R$ 7,52 na cotação de hoje).
O dólar baixou consideravelmente, em relação ao guarani, entre dezembro e janeiro deste ano, quando era adquirido por 6.500 guaranis (R$ 5,20). Mas, depois, voltou a subir. E, na segunda-feira, fechou em 6.730 guaranis (R$ 5,38).
AINDA É MAIS BARATA
Mesmo com o novo reajuste, a gasolina no Paraguai continua custando menos que em Foz do Iguaçu. A comum custa o equivalente a R$ 4,08; a intermediária, R$ 4,83; e a super a R$ 5,47.
Em Foz do Iguaçu, o preço da gasolina comum varia entre R$ 5,38 e R$ 5,73, de acordo com um serviço do Nota Paraná. Vale dar uma consultada, hein?
Menor e maior preço da gasolina em Foz
NA ARGENTINA
Hoje nem é possível ir até lá, mas, se fosse, não valeria a pena abastecer o carro na vizinha Puerto Iguazú, na Argentina. A gasolina mais barata, lá, custa agora 95,20 pesos, o equivalente a R$ 5,31.
Mas a mais consumida, a Infinia, está por 108,90 pesos, ou R$ 6,08.
ÚLTIMO REAJUSTE
A petrolífera estatal argentina YPF, que domina mais de 55% do mercado, assegurou que o reajuste de sábado (15) foi o último deste ano. Entre março e maio, os combustíveis subiram 15%.
Segundo a agência de notícias Télam, do governo argentino, em 19 de agosto do ano passado as empresas distribuidoras de combustíveis foram autorizadas a reajustar os preços, depois de 10 meses de congelamento imposto pelo governo.
ESTATAL
De lá para cá, os reajustes somaram 55%, com seis aumentos consecutivos. O presidente da YPF, Pablo González, disse que, com os reajustes, a empresa terá o que precisa para produzir gás e petróleo por meio de um plano de investimento de US$ 2,7 bilhões.
Ele está há dois meses no cargo, e neste período procurou não repassar ao consumidor o preço internacional do petróleo, que está hoje em torno de US$ 70. “Se fosse transferido o valor internacional do petróleo, hoje as pessoas estariam pagando US$ 1,30 o litro. É um sacrifício para tentar evitar uma maior importação”, disse.
Isto é, se não fosse essa política da YPF, o consumidor argentino estaria pagando o equivalente a R$ 6,84 o litro da gasolina mais barata, segundo Pablo González.
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