Aconteceu o que a gente temia: só sobrou uma árvore, bem próxima à margem da rua, no terreno do que um dia foi o Restaurante e Choperia Bier Garten, na Avenida Jorge Schmmelpfeng. Mais para dentro do espaço, onde haverá a construção, não ficaram nem os troncos, nem uma folha, nem uma lembrança do que foi uma área arborizada, bem apropriada para o calor de Foz do Iguaçu.
Agora, é só terra vermelha e homens já iniciando os trabalhos para erguer, ao que se sabe, um centro comercial. Isto é, concreto na terra vermelha.
É claro que não se pode evitar o tal progresso, mas seria preciso essa política do arrasa tudo?
Na esquina da Avenida Paraná com a República Argentina há um exemplo oposto: a construção de um prédio foi feita em volta das árvores, que continuam ali, o verde em meio ao concreto. Um belo exemplo.
Normalmente, os arquitetos – pessoas sensíveis – procuram manter o maior número de árvores possível. Mas têm que seguir a norma do mercado. E a regra é: "o cliente é quem manda".
"Assim é, se lhe parece", diria o dramaturgo italiano Luigi Pirandello (é até o nome de uma de suas peças).
É claro que, provavelmente, o proprietário seguiu a lei. Veja o que é preciso para cortar árvores em Foz:
Novo decreto define regras para corte e poda de árvores em Foz do Iguaçu
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