Celas “vip” são encontradas também em presídio feminino, no Paraguai

Continua o escândalo de presos com regalias. Agora, foi na penitenciária feminina Bom Pastor, em Assunção, onde duas presas “moravam” em uma cela com todo conforto.

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Depois de descobrir que dez presos tinham privilégios na Penitenciária de Tacumbú, com confortáveis celas, enquanto os demais não têm espaço para nada, mais um escândalo em presídios paraguaios: nesta segunda, 11, fiscais do Ministério da Justiça descobriram que duas reclusas da penitenciária feminina Bom Pastor gozavam de todo tipo de comodidade.

Na cela, dividida por Celia María Maidana Torres e Alicia Caballero, segundo o Ministério da Justiça, havia TV led com sinal de cabo, máquina de lavar roupas, frigobar, ar condicionado, pia e outros confortos que não fazem parte do que é oferecido às internas.

A pesa Celia Maidana está em Buen Pastor desde 2014. Ela foi condenada a 29 anos de prisãopor homicídio doloso agravado, que teve como vítima a Sonia Doutreleau, que recebeu 22 punhaladas.

Pelo homicídio, também foram condenadas outras quatro pessoas, a penas de 29, 15, 13 e 11 anos de cárcere.

A vice-ministra de Política Criminal, Cecilia Pérez, lembrou que, além de não ser um conforto permitido para os presos, a presença de eletrodomésticos nas celas gera o risco de conexões elétricas em local não preparado para isso, o que gera riscos também para os guardas.

“Nós sempre deixamos que as celas tenham ventiladores, para que (as presas) não sintam muito calor", disse a vice-ministra.

Ela é favorável a que tanto a  Penitenciaría Nacional de Tacumbú e a prisão feminina de Bom Pastor sejam transferidas para outros locais, fora da capital.

Na opinião dela, penitenciárias devem ficar fora de áreas urbanas, pelo risco que representam à cidadania. Bom Pastor fica entre a Avenida Mariscal López e a Choferes del Chaco, en Asunción, região onde todos os dias há um intenso movimento e circulação de pessoas.

Para apenas duas presas, confortos da vida moderna.

Destituição

No caso da Penitenciária de Tacumbú, que ainda está sendo investigado, o diretor, Jorge Fernández, foi imediatamente destituído do cargo.

Dos dez presos que gozavam comodidades na prisão, a maioria era de traficantes de peso. Diz-se que pagavam caro pra ter as regalias.

Fontes: Última Hora e La Nación

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