Concurso em Foz elegerá Miss e Mister Diversidade da região trinacional

Objetivo é ampliar a representatividade e dar mais visibilidade a diferentes formas de beleza.

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Estão abertas, até amanhã, 21, as inscrições para o concurso Miss e Mister Diversidade da Tríplice Fronteira. Podem participar candidatas e candidatos do Brasil, Paraguai e Argentina, e os vencedores representarão a Marcha da Diversidade, que será em Foz do Iguaçu.

Organizado pela ONG Casa de Malhú (Associação de Travestis e Transexuais), que realiza atividades permanentes no município, o evento ocorrerá no dia 9 de novembro, a partir das 19h, no Teatro Barracão, na Praça da Bíblia. Para assistir ao concurso, o ingresso custará R$ 10.

As inscrições para concorrer são feitas por WhatsApp, mediante apresentação de informações à organização necessárias para o contrato e termo de uso de imagem. O participante contribui com um valor que custeará a compra de camisetas de identificação do evento e do ensaio fotográfico de divulgação.

Nas duas categorias, a idade mínima exigida para a participação é de 16 anos. Quem for menor (acima dos 16) deve apresentar autorização assinada pelo pai, mãe ou responsável legal. Esse documento precisa ter firma reconhecida em cartório.

O objetivo do concurso é ampliar a representatividade
e dar mais visibilidade às diferentes formas de beleza
existentes na região das Três Fronteiras.

O júri – três técnicos e três populares – avaliará critérios como maquiagem, desenvoltura ao desfilar, simpatia, beleza, comportamento, produção e outros elementos. As vencedoras e vencedores receberão faixa, coroa e brindes, além do direito de representação na Marcha da Diversidade.

“Ser diverso é ser belo. Por isso os vencedores em cada categoria irão representar a Marcha da Diversidade, para que se possa ter essa representatividade da beleza LGBTTQIAP+ da Tríplice Fronteira”, enfatiza Bruna Ravena Braga, coordenadora-geral do concurso.

Respeito às diferenças

De acordo com Bruna, o objetivo do concurso Miss e Mister Diversidade da Tríplice Fronteira é ampliar a representatividade e dar mais visibilidade às diferentes formas de beleza existentes na região das Três Fronteiras.  

“Temos a consciência de que as construções dos corpos são processos individuais e intrínsecos da pessoa. Esta, mesmo fora dos padrões heterocisnormativos dos concursos de beleza convencionais, possui em si sua própria beleza”, reflete.

“Ser diverso é ser belo. Por isso os vencedores em cada categoria irão representar a Marcha da Diversidade".

A sociedade, argumenta Bruna, por meio da “maioria”, busca impor padrões de comportamento, estética, personalidade e sexualidade. “Assim, iniciativas que conscientizem as pessoas sobre o respeito às diferenças sempre serão necessárias.”

“Foi, é e sempre será importante lutar cada vez mais para a equidade social. No que se refere a concursos como o proposto, é ainda mais válido  ter este tipo de representatividade, para que mais pessoas possam se sentir identificadas e se reconhecerem como corpos fora dos padrões heterocisnormativos, porém belos”, ressalta a coordenadora.

Fronteira e diversidade

Para Bruna, a região de fronteira é formada por uma diversidade de línguas, culturas e corpos. Mas ainda tem muito a avançar em relação à diversidade LGBTTQIAP+ e aos direitos dessas pessoas.

“Seguimos lutando para que se tenha menos violências contra essa população, mais recursos na área da saúde, maior atendimento humanitário, mais identificação dos diferentes tipos de pessoas com a sociedade”, pontua.

Realizadores

O concurso é realizado por um grupo de trabalho da Marcha da Diversidade, que integra a ONG Casa de Malhú. Além de Bruna Ravena Braga, na coordenação, o Miss e Mister Diversidade da Tríplice Fronteira tem Jean Lucas Ferreira como coordenador de estrutura, James Willie Mosconi de Oliveira, coordenador comunicação, e Luiz Felipe Oliveira Kreuzberg, coordenador de produção.

Inscrições
Para fazer a inscrição no concurso é necessário entrar em contato pelo WhatsApp (45) 99149-9458.

Foto: Divulgação

 

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