Consumo das famílias paraguaias não caiu, se trasladou pras regiões de fronteira

É o que diz o Banco Central do Paraguai, em resposta aos supermercados, que alegam queda de até 5% nas vendas.

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A queda nas vendas dos supermercados paraguaios, no primeiro semestre do ano, não significa que houve uma redução equivalente no consumo da população do país, segundo o economista-chefe do Banco Central do Paraguai, Miguel Bora.

Ele explicou que os preços mais favoráveis nos países vizinhos levou os paraguaios a aumentarem as compras na região de fronteira.

É por isso que o Banco Central do Paraguai calcula uma retração de apenas 0,1% do consumo da população, no primeiro trimestre de 2019, enquanto a Câmara Paraguaia de Supermercados informou que o consumo despencou entre 2% e 5% no primeiro semestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2018, como parte do cenário de desaceleração econômica.

"Não é porque os supermercados não vendem que não exista consumo", disse Miguel Bora, já que o cálculo do consumo paraguaio inclui também outros setores de vendas, como roupas, transportes, comunicação e educação, que não fazem parte da oferta dos supermercados.

“Nós fazemos a inclusão de tudo que ingressa pela fronteira. Se não se consome nos supermercados, se consome na fronteira, e isso também se incorpora aos cálculos", completou.

Em Foz do Iguaçu, isso pode ser facilmente confirmado tanto na Ceasa quanto nos supermercados, especialmente aqueles do tipo atacadão, onde há sempre muitos carros de placas paraguaias, em qualquer horário. O mesmo acontece nas fronteiras do Paraguai com a Argentina.

Miguel Bora diz que as compras de paraguaios na região de fronteira são menos evidentes do que aconteceu entre 2012 e 2014, principalmente na Argentina. É que aquele país mantinha um tipo de câmbio oficial e numerosos subsídios a produtos, que ficavam artificialmente bem mais baixos.

Com os preços liberados, os produtos argentinos já não são tão atraentes como eram, mas ainda assim são uma opção para o consumidor paraguaio, em alguns setores.

Fonte: Última Hora
 

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