Corrupção no trânsito de Ciudad del Este resiste a mudanças

Nem com novo prefeito os agentes de trânsito deixam de dar um jeitinho de cobrar “coimas”.

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A praga da corrupção policial no trânsito de Ciudad del Este fincou tantas raízes que parece impossível extirpar. Vai exigir muita boa vontade do prefeito.

Já não são de hoje as denúncias de engarrafamentos artificiais produzidos ao longo da rodovia que dá acesso à Ponte da Amizade, para que possam entrar em ação os "guias de compras", que cobram propinas para desviar – quem pagar, claro – por acessos secundários, onde estão os guardas que liberam a passagem, proibida para os outros.

Outra tática, também comum, denunciada pelo jornal La Clave. O guarda de trânsito municipal para um motorista ou motociclista, ao perceber uma infração de trânsito. Mas, ao invés de aplicar a multa ali mesmo, obriga o motorista ou motociclista a ir para os que os paraguaios chamam de "corralón municipal", uma área fechada.

Ali, das duas uma: aplica-se a multa ou faz-se um acordo, em troca de propina. Ou, por rigor em excesso, o guarda aplica a multa e mantém o veículo retido.

Mas o normal, mesmo, é se chegar a um acordo com os infratores, como já era tradição nas administrações municipais anteriores à de Miguel Prieto.

A legislação municipal de Ciudad del Este prevê que, em caso de constatar uma infração, os guardas de trânsito devem aplicar a multa no próprio local, e não reter o veículo, como está acontecendo.

Nada mudou?

Fonte: La Clave

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