H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Em apenas dois meses, a economia de Foz do Iguaçu teve 4.174 empregos perdidos na luta contra o novo coronavírus. No período, houve apenas 2.802 admissões e nada menos que 6.976 desligamentos.
As demissões começaram já em março, quando o saldo negativo foi de 1.285 empregos, resultado de 2.163 admissões e 3.448 desligamentos.
Em abril, a situação ficou ainda pior para o trabalhador: 2.802 pessoas foram admitidas e 6.976 perderam o emprego. O saldo negativo foi de 4.174 vagas.
Houve demissões em todos os setores, com destaque para o setor de serviços, que deixou 2.907 trabalhadores sem empregos. No comércio, entre admissões e desligamentos, o saldo negativo foi de 896 empregos.
A construção civil também não segurou as pontas: admitiu 206 e demitiu 473 (saldo negativo de 267 empregos).
A indústria, com peso menor na economia de Foz, admitiu 120 trabalhadores e demitiu 223, deixando o saldo também negativo de 103 empregos. Até a agropecuária contribuiu com uma demissão. Não contratou ninguém e demitiu uma pessoa.
Primeiro mês
Já em março, primeiro mês em que tudo parou para conter o avanço da covid-19, o setor mais afetado foi o de serviços, com 896 vagas perdidas. E, dentro dele, duas atividades se destacaram negativamente: Alojamento e Alimentação, que demitiram 667 trabalhadores a mais do que admitiram.
Com o resultado de abril, essas duas atividades foram responsáveis pela perda de 1.906 empregos no setor de serviços.
O comércio, que já não vinha bem nos dois primeiros meses do ano, teve saldo negativo de 313 empregos em março e outros 583 em abril.
Segundo mês
A situação, claro, agravou-se em abril, quando praticamente tudo continuou em inatividade ou com o mínimo de operação.
Nenhum setor foi bem, mas algumas atividades se saíram melhor, como a de saúde humana e serviços sociais, com resultado positivo de 48 empregos em só em abril (o que se explica porque são atividades da luta contra a covid-19).
Foz, Paraná e Brasil
Considerando o resultado de janeiro (saldo negativo de 46 empregos) e o de fevereiro (saldo positivo de 463 empregos), a perda de Foz do Iguaçu, nos quatro primeiros meses do ano, foi de
3.757 empregos, o pior resultado dos últimos 14 anos.
E não tem pra onde ir. O Brasil enfrenta uma crise de desemprego gravíssima e o Paraná, que em janeiro e fevereiro nadava em águas calmas (45.881 empregos gerados), inverteu totalmente a situação.
O Estado perdeu, em março e abril, 68.285 empregos, que neutralizaram as vagas criadas nos dois meses anteriores e ainda deixaram um saldo negativo de 22.424 empregos.
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