Em março, aduanas do Brasil e da Argentina contarão com controle biométrico

A modernização do controle de entrada de estrangeiros vai diminuir o tempo de espera no Brasil. Mas, pra sair da argentina, pode ser mais demorado.

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Por Cláudio Dalla Benetta

Do lado brasileiro, o Escritório de Migração da Polícia Federal vai instalar um sistema eletrônico de migração que, a partir de meados de março agilizará o atendimento aos cerca de 600 mil estrangeiros (a maioria argentinos) que entram no Brasil pela Ponte Tancredo Neves.

Do lado argentino, por coincidência a partir de março, quem sai da Argentina também passará por um equipamento de reconhecimento biométrico, segundo anunciou o delegado de Migrações em Puerto Iguazú, Jorge Lacour.

Ele disse que o sistema não entrou em operação no verão porque a ponte registrou entre 35 mil e 39 mil passagens de pessoas, só em janeiro.

Desde 2016, o serviço de Migrações de Puerto Iguazú usa a base de dados da Interpol, que permite controlar melhor o fluxo de pessoas nos horários de pico, quando,, segundo Lacour, pessoas que cometeram algum delito aproveitam para passar despercebidos.

Ainda segundo ele, o registro pelo equipamento biométrico é rápido para quem não apresenta nenhum problema, mas podem haver casos de pessoas com nomes semelhantes aos de procuradas pela Justiça e, aí, havera fiscalização mais rigorosa.

O reconhecimento biométrico vai evitar, por exemplo, casos como o do autor de um triplo assassinado em General Rodríguez, que usava o documento de uma pessoa já falecida e passou pelos controles de fronteira sem qualquer problema. Pérez Corradi, o criminoso, acabou detido no Brasil. Com o reconhecimento biométrico, ele não passaria.

O reconhecimento biomético, segundo o Serviço de Migrações, é praticamente infalível. Ele analisa padrões específicos dos corpos das pessoas, como impressões digitais, a retina, a íris, a face, as veias da mão ou a geometria da palma da mão, entre outros elementos únicos e irrepetíveis de cada ser humano.

Do lado brasileiro, sistema agilizará atendimento. Há dúvidas se será assim no lado argentino.

No Brasil

Já no lado brasileiro, a modernização do controle de migrações é resultado de uma articulação da Secretaria de Turismo com a Polícia Federal, o Parque Tecnológico Itaipu e a Itaipu Binacional.

Portões eletrônicos – chamados de "e-gates" -farão o controle automatizado de passaportes, agilizando a inspeção. Hoje, o procedimento dura três minutos, em média, e cairá para 30 segundos. Os equipamentos asseguram a autentificação do passaporte e a verificação biométrica de quem passa pelo e-gate de forma automatizada. 

Fontes: Misiones on Line e Gazeta Diário

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