Empregado com 30 anos de casa assume Diretoria Técnica Executiva de Itaipu

A nomeação do engenheiro Celso Villar Torino foi publicada nesta terça-feira, 18, no Diário Oficial da União.

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Por Assessoria

Uma semana depois da nomeação do general Luiz Felipe Carbonell para a Diretoria de Coordenação de Itaipu, o presidente Jair Messias Bolsonaro e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, nomearam o engenheiro Celso Villar Torino, empregado de carreira, para diretor técnico executivo, cargo diretamente ligado à área fim da usina, a produção de energia.

A nomeação foi publicada nesta terça-feira, 18, no Diário Oficial da União (DOU). A data da posse ainda não foi definida. O mandato tem validade até 16 de maio de 2022. 

A nomeação de Torino sai uma semana depois da publicação em Diário Oficial do nome do general Carbonell para a Diretoria de Coordenação. Ele assumiu o cargo ontem, segunda-feira. Foto de Alexandre Marchetti

Celso Torino é o quarto diretor de Itaipu nomeado pelo presidente Bolsonaro e é o único sem formação militar. É também o primeiro diretor técnico de carreira do lado brasileiro da binacional. A escolha de seu nome se deve, principalmente, à experiência e competência técnica demonstradas em 30 anos de carreira na usina de Itaipu. Ele substitui no cargo Mauro Corbellini.

A Diretoria Executiva de Itaipu é formada por 12 diretorias, cada uma com seis diretores brasileiros e outros seis paraguaios. Na margem esquerda da usina, a nomeação dos diretores é uma prerrogativa da Presidência da República e do Ministério de Minas e Energia.

Prata da casa

Itaipu foi o primeiro emprego de Celso Torino como engenheiro. Ele foi contratado em 1989, como engenheiro especialista em estudos elétricos. Antes de trabalhar na usina, ele teve experiência de um ano, como trainee, em Furnas Centrais Elétricas e na empresa privada Geotécnica.

Com 12 anos de casa, já em 2001, Torino foi promovido a gerente de Operação da Usina e Subestações. Em 2010, assumia a Superintendência de Operações, um dos cargos-chave da Área Técnica de Itaipu, juntamente com as superintendências de Manutenção, de Obras e de Engenharia de Projetos. Era nesse cargo que estava ao ser convidado a assumir a Diretoria Técnica Executiva.

Paulista de Piquete, Celso Villar Torino, além de técnico em eletrônica pelo COTEC/Unesp, é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, e tem especialização pela UFBA/Eletrobras em Automação de Sistemas Elétricos de Potência. Ao seu currículo, soma-se um MBA Executivo Internacional pela USP/FIA.

“É uma honra poder servir ao meu País e ao Paraguai, nessa função. Agradeço a confiança em mim depositada pelo general Silva e Luna e, consequentemente,  pelo ministro de Minas e Energia e pelo nosso presidente da República”, diz o novo diretor técnico executivo.

Conquistas

Na Superintendência de Operação, as principais responsabilidades são a produção de energia e a segurança operacional da usina. Entre as atividades mais importantes, destacam-se o planejamento, a coordenação e a gestão da produção de energia da usina e da segurança operacional de suas instalações, dentre elas as subestações e o sistema de transmissão de Itaipu.

Durante os nove anos à frente do cargo, Torino se orgulha de a usina ter conquistado, em dois anos – 2014 e 2018 -, o melhor desempenho operacional nos 35 anos de operação de Itaipu. Ele também ressalta o recorde mundial de geração de energia, em 2016, quando Itaipu produziu 103,1 milhões de megawatts-hora (MWh).

Em 2012, com 98,3 milhões de MWh, e em 2013, com 98,6 milhões de MWh, Itaipu já havia batido o recorde mundial de produção, mas a produção de 2016 permanece como recorde. 

Mas o maior orgulho de Celso Torino é ter contribuído para a maior produção acumulada de energia do mundo. Em 35 anos de operação, Itaipu ultrapassou a geração de 2,6 bilhões de MWh. Uma marca que dificilmente outra usina do mundo irá alcançar.

Dança com as águas

Celso Villar Torino foi um dos responsáveis por implantar em Itaipu a estratégia "Dança com as Águas", em 2011, com base nos conceitos da Teoria das Restrições, cujo foco era elevar a performance da produção de energia da hidrelétrica, considerando conceitos sustentáveis de segurança das pessoas, do meio ambiente e da própria usina.

A estratégia deu tão certo que, nos anos seguintes, a usina conquistou sucessivos recordes de produtividade e também de produção, com melhor aproveitamento do insumo mais escasso, a matéria-prima água, para a geração de energia.

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