O que vai acontecer com aqueles esqueletos que, um dia, seriam o prédio administrativo, o bloco de salas de aula e o restaurante do campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, dentro da área pertencente à Itaipu Binacional?
Itaipu e Unila definiram na quinta-feira, 15, um calendário de reuniões para buscar a melhor solução para o problema. Foi o primeiro encontro do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Joaquim Silva e Luna, com o reitor da Unila, Gleisson Alisson Pereira de Brito, e o vice-reitor, Luis Evelio Garcia Acevedo.
Foi frutífero, para a Unila, já que Silva e Luna considera que "a aproximação entre as duas instituições é muito importante". E mais: que Itaipu e Unila "são exemplos de integração regional".
A Unila, por sinal, compartilha com Itaipu um espaço no Parque Tecnológico Itaipu, onde alguns cursos estão baseados.
O problema dos prédios inacabados é quesó o custo para erguer os nove andares que faltam naquele que seria o setor administrativo, por exemplo, é mais alto do que já foi investido. Isso inviabilizaria seu uso por Itaipu, mesmo que a usina tivesse interesse em utilizá-lo para abrigar escritórios, por exemplo, em troca de outra área para a Unila.
Na estrutura abandonada, com apenas 13 (ainda em esqueleto) dos 22 andares projetados inicialmente no prédio de admnistração, foram investidos mais de R$ 120 milhões, em valores de 2014. As obras inacabadas incluem ainda o prédio para 96 salas de aula e restaurante,
Para sediar o campus, a Itaipu Binacional doou, em 2009, uma área de 380 mil metros quadrados, localizada dentro do terreno da usina.
A construção da primeira etapa da sede da Unila, que incluía três prédios – este de 22 andares, para a administração, mais uma para salas de aula e um restaurante -, começou em 2011 e foi paralisada em 2014, com apenas 41% do previsto concluídos.
De qualquer forma, já em março deste ano, quando se encontrou com o então reitor da Unila, Gustavo Vieira, o diretor-geral brasileiro de Itaipu havia aberto um canal de diálogo com a instituição de ensino superior, para buscar uma solução "e sugerir ao Ministério da Educação um caminho", como disse na ocasião.
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