Foz do Iguaçu “não representa um risco para Ciudad del Este”, diz Saúde do Paraguai

Para a diretora de Promoção de Saúde, ir e voltar de Foz e Ciudad del Este “é como ir de um bairro a outro, são cidades-espelho”.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

O jornal Última Hora informa que a diretora de Promoção de Saúde do Paraguai, Adriana Amarilla, em entrevista à rádio Monumental 1080 AM, disse que a situação da pandemia em Foz do Iguaçu não representa um risco para Ciudad del Este.

“O risco que existe é praticamente nulo em Ciudad del Este. Elas podem funcionar como cidades-espelho, realmente é como ir de um bairro a outro”, garantiu.

“Precisamos levar em conta que a curva está caindo nessa região do país. Estas pessoas (os brasileiros que forem a Ciudad del Este) vão ter um tempo limitado de permanência, realizar uma transação comercial e retornar”, disse, afirmando que iss não representa “uma liberação total”, mas apenas comercial.

Ainda segundo ela, a região de fronteira tem um alto percentual de moradores imunizados e recuperados, o que faz dees “uma população menos suscetível”.

Adriana Amarilla lembrou, no entanto, que para diminuir os riscos de contágio deenderá semre do uso correto de máscaras, de não haver aglomerações e das medidas de higiene nos centros comerciais.

Entre parênteses:

Cá entre nós, ela pode estar falando uma verdade absoluta. Mas revela uma mudança profunda de opinião das autoridades de saúde do Paraguai.

E tem um detalhe: Foz do Iguaçu tem uma estrutura de saúde que, até agora, suportou o aumento do número de pacientes e tem um índice de recuperados elevadíssimo (mais de 90%, sempre). Ciudad del Este está no limite. Quando faltarem leitos, onde os pacientes serão atendidos? Para refletir.

Oxigênio para economia moribunda

Apesar do dólar nas alturas (hoje, a cotação no Brasil está em R$ 5,58) e o temor de médicos, por causa da pandemia, a reabertura da Ponte da Amizade representa esperança de oxigênio à “moribunda economia de Ciudad del Este”, diz o jornal paraguaio ABC Color, de Assunção.

Mas o economista José Ayala Cambra, ouvido pelo jornal, disse acreditar que a reativação da ponte pode ter consequências positivas, mas não necessariamente chegarão a atender às expectativas apregoadas nas ruas e nas redes sociais.

Segundo Ayala Cambra, a maioria dos compradores de produtos eletrônicos vem de outros estados brasileiros. Como o turismo ainda está estagnado, há poucos visitantes de fora em Foz.

Além disso, explicou, será preciso confirmar se o acordo entre Paraguai e Brasil permitirá o ingresso de turistas em Ciudad del Este, e não apenas iguaçuenses.

Ele disse, também, que Alto Paraná vinha bem em relação à covid-19, mas já na terça-feira (22) registrou oito mortes. “É um sinal muito claro de que não podemos perder o controle. Temos que ser muito responsáveis e ser um bom exemplo a nível nacional”, afirmou.

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