Free shops, redução de tarifas de importados? A indústria é contra

No Brasil, a Zona Franca de Manaus protesta ante a ideia de diminuir impostos de computadores. No Paraguai, industriais condenam as free shops.

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É quase uma guerra fiscal: o governo brasileiro aprova a criação de lojas francas, o Paraguai reduz impostos para o comércio das cidades de fronteira.

O presidente Bolsonaro diz que o governo estuda a possibilidade de reduzir os impostos de importação de computadores e celulares, o Paraguai anuncia estudos para criação de free shops nas cidades de fronteira.

São temas que geram reações variadas. Agora, é a vez de a indústria reclamar. As empresas da Zona Franca de Manaus dizem que a redução de impostos sobre celulares e computadores simplesmente inviabilizaria a produção local.

No Paraguai, a União Industrial Paraguaia (UIP) promete uma mobilização contra a intenção do governo de instalar free shops, que o vice-ministro de Tributação do Paraguai, Fabián Domínguez, diz que iriam "reativar o setor comercial da fronteira".

"Daqui a pouco vão querer receber para importar cada mercadoria vendida", indigna-se o presidente da UIP, Gustavo Volpe. Pra ele, a proposta de free shops "é de uma inequidade terrível", já que afeta todo o sistema tributário do país.

Volpe não acredita que as free shops iriam gerar ou garantir milhares de postos de trabalho.

"Onde estão esses trabalhadores? Estão no IPS (previdência social)? Estão registrados no Ministério do Trabalho? Ou são brasileiros que atravessam a fronteira todos os dias?", questiona.

Se o governo aprovar de fato a criação das free shops, Gustavo Volpe diz que os empresários vão se pôr "em situação de rebeldia".

Fontes: ABC Color e Estado de S. Paulo

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