H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
O jornal El Territorio, de Posadas, capital da província argentina de Misiones (da qual faz parte Puerto Iguazú), informa que o governador Oscar Herrera Ahuad não vai ceder aos pedidos para reabrir as fronteiras com o Brasil e o Paraguai.
Especialmente com o Brasil, segundo o governador, onde já foram registrados 271.885 casos de covid-19 e quase 18 mil mortes.
Esse assunto será discutido nesta quarta-feira, 20, com o ministro da Defesa, Agustín Rossi, que vai visitar Posadas.
O jornal lembra que o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, já disse que fronteiras e escolas serão as últimas a serem abertas.
O governo da província está em estado de alerta, depois da reunião entre autoridades argentinas e brasileiras, na Aduana de Cargas de Dionísio Cerqueira (Santa Catarina), onde foi discutida a possibilidade de flexibilizar a fronteira entre essa cidade e Bernardo de Irigoyen, na Argentina.
O comandante da Gendarmería Nacional na região, Gustavo Quintana, disse na reunião que é muito difícil fiscalizar aquela área de fronteira, onde muitas pessoas tentam passar diariamente, inclusive com contrabando.
El Territorio ouviu o prefeito de Bernardo de Irigoyen, Guillermo Fernández. Ele disse que o isolamento está gerando atraso econômico, nos dois lados da fronteira. "Mas aqui também temos que ser conscientes de que estamos ante uma pandemia mundial e estamos em área de risco", disse o prefeito.
Segundo o prefeito, o município pretende conseguir a abertura do comércio no município, com controle rigoroso, para depois ir liberando gradualmente a abertura da fronteira, decisão que, como ele lembrou, cabe aos governos nacional e rovincial.
Fernández disse entender "a preocupação e a reivindicação de meus colegas brasileiros, porque o comércio fronteiriço é um dos principais motores da economia regional. Há empresários brasileiros que investiram em nosso município e muitos produtos argentinos que são preferidos dos brasileiros ou vice-versa. Há argentinos que trabalhavam no Brasil e hoje não podem passar a fronteira. Mas devemos garantir a saúde da população e de nós mesmos, a prioridade é a saúde".
O transporte de cargas entre os dois países, bem como entre o Brasil e o Paraguai, continua sendo feito normalmente, embora obedecendo a protocolos de segurança sanitária.
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