Por Cláudio Dalla Benetta
Por enquanto, parece ser pra valer. De um lado, o Paraguai combate a entrada de produtos hortigranjeiros pela Ponte da Amizade, o que prejudica os comerciantes da Ceasa de Foz do Iguaçu; mas, de outro, ataca internamente o contrabando de cigarros e outros produtos pro Brasil, com resultados importantes.
A Unidade Interestitucional para a Prevenção, Combate e Repressão do Contrabando (UIC) apresentou na segunda-feira (11) um balanço da operação desencadeada em Salto del Guairá, com apreensão de produtos que seriam levados para o Brasil, além de barcos e carros, e destruição de portos clandestinos.
O titular da UIC, Emilio Fúster, disse que, na segunda fase da operação, foram destruídos seis portos clandestinos, o que reduz a saída ilegal de cigarros, eletrônicos e outros produtos para o Brasil, levados em lanchas pelo Rio Paraná.
Segundo ele, em cem dias de atuação, a UIC já conseguiu provocar uma perda de US$ 4 milhões para os contrabandistas.
No caso de Salto del Guairá, foram apreendidos 34 embarcações e mais de 20 veículos, além de uma grande quantidade de cigarros, principalmente. Quinze pessoas foram detidas na operação.
O material de contrabando apreendido não poderá ter outro destino que não a destruição, disse Fúster, conforme prevê a legislação paraguaia.
Ceasa de Foz
A atuação do Paraguai no combate ao contrabando é positiva, já que a rota das mercadorias que entram ilegalmente no Brasil é a mesma utilizada pelo tráfico de armas e drogas.
Mas, claro, há o lado ruim: os comerciantes da Ceasa de Foz do Iguaçu se queixam que as vendas caíram 40% desde que foi reforçada a fiscalização do Ministério da Agricultura e Pecuária do Paraguai na Ponte da Amizade, como informa reportagem do jornal Gazeta Diário.
Só em tomates, foram apreendidos mais de 20 toneladas que iriam ingressar ilegalmente no Paraguai, via Ciudad del Este. Quem informou isto foi o próprio presidente Mario Abdo Benítez, via Twitter.
Fontes: Última Hora, ABC Color e GDia
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