H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Em março deste ano, quando foi preso no Rio o salvadorenho Carlos René Mata Vela, a polícia informou que ele tinha uma rede de lanchonetes em shoppings – no Rio de Janeiro e no Paraná – que usava para lavar dinheiro do tráfico de drogas. E que também tinha negócios no Paraguai.
Na edição desta terça-feira (16), o Vanguardia escracha qual era o negócio de Mata Vela em Ciudad del Este: a loja Multishop, uma das mais conhecidas no comércio da fronteira.
O jornal diz que as investigações feitas pela polícia brasileira apontaram que a Multishop também era utilizada para lavagem de dinheiro. A loja pertenceria ao salvadorenho e à mulher dele, a brasileira Maria Selma Novais.
Os dois foram libertados sob fiança, mas tiveram passaportes apreendidos e não podem sair do Rio de Janeiro.
O site da Multishop informa, em (mau) português, que a loja faz parte do Grupo Multi. O prédio, com 1.080 metros quadrados, foi inaugurado em 26 de agosto de 2017.
Expulso do Brasil em 2005
Segundo a denúncia apresentada pela polícia do Rio à Justiça, Carlos René Mata Vela já respondia pelo crime de tráfico de drogas, e por isso não podia movimentar dinheiro no Brasil. Pra fazer isso, utilizava a mulher, Maria Selma, de quem, por sinal, está se separando.
Foi ela que abriu empresas "com capital proveniente do tráfico internacional de entorpecentes". A maior parte dos recursos do salvadorenho está fora do Brasil, provavelmente no Paraguai.
Mata Vela, que é acusado de ser o líder de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas, tem os apelidos de Tio e de Oculto.
Ele, que foi capitão das Forças Armadas de El Salvador, já foi preso nos Estados Unidos e na Argentina por tráfico. Em 2005, foi preso no Brasil por tráfico de pessoas e acabou expulso do país, mas conseguiu revogar a expulsão e retornar porque tem um filho brasileiro.
Fontes: Vanguardia, O Dia e JusBrasil
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