Ministro da Secretaria Antidrogas do Paraguai prevê aumento da criminalidade depois da quarentena

Arnaldo Giuzzio afirma que a crise econômica fará crescer o número de pequenos traficantes, a que se somarão mais assaltos e mais roubos.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

O ministro Arnaldo Giuzzio, da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), diz que a expectativa de um agravamento da situação econômica do país fará aumentar o número de pequenos traficantes de drogas, informa o jornal Última Hora.

O ministro, que deu entrevista à rádio Monumental 1080 AM, diz que este fenômeno já aconteceu no ano passado, quando o país praticamente não teve crescimento do PIB (apenas 0,2%). E agora será ainda pior, segundo ele, porque a economia praticamente parou com a pandemia do novo coronavírus.

"O microtráfico vai ser um verdadeiro drama nas cidades. Hoje está parado, mas o usuário de drogas não vai esperar muito tempo", afirma.

Com mais drogas circulando, deverão crescer também os assaltos nas ruas e os roubos domiciliares, alerta. Mas assegurou que as forças de segurança já estão se preparando "para a luta contra este flagelo".

Segundo Giuzzio, os controles nas fronteiras, que estão fechadas, reduziram o microtráfico internamente, "mas este fato ilícito não parou".

Forno pirolítico

Na mesma entrevista, Giuzzio informou que a Senad colocou à disposição da Procuradoria e do Ministério da Saúde o forno pirolítico (de pulverização), que a entidade utiliza para a queima de drogas, para que seja usado, se necessário, como crematório, se houver mortes em massa pelo coronavírus.

"O forno está preparado para a incineração de drogas, mas devemos estar prontos pra qualquer eventualidade", diz o ministro, lembrando também que servirá para a queima de lixo patológico.

Casos e mortes

O Paraguai soma 113 casos positivos de covid-19, com cinco mortes, conforme o boletim divulgado no domingo, 5. O país está em isolamento sanitário desde 10 de março. Por decreto, a quarentena prossegue até 12 de abril.

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