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Se você vai fazer compras em Ciudad del Este, nesta quinta (15), fique atento à movimentação. Há uma mobilização em todo o país para pressionar o Congresso a aprovar mudanças na legislação eleitoral, para acabar com as chamadas "listas sábana".
Os taxistas de Foz do Iguaçu não deverão fazer corridas para Ciudad del Este, pelo temor de que, na hora de voltar a Foz, manifestantes possam fechar a Ponte da Amizade.
Listas sábana
Segundo a lei vigente, os partidos ou movimentos políticos apresentam uma lista fechada de candidatos, sem dar possibilidade ao eleitor de escolher quem vai de fato representar o partido ou movimento.
Os projetos de mudança que tramitam no Senado, em maior ou menor grau, preveem a abertura das listas de candidatos, as "listas sábana", para que o eleitor possa escolher aquele que é de fato de sua preferência.
A discussão sobre as listas sábana é antiga, mas nunca se chegou a um bom termo. Agora, a pressão popular é intensa.
Um dos projetos é do senador Paraguayo Cubas, afastado por dois meses devido a atitudes hostis contra seus colegas. Mas é ele um dos responsáveis pela mobilização popular que está ocorrendo no Paraguai.
Caravanas de paraguaios de diversas regiões do país viajaram a Assunção para acompanhar as sessões do Senado. Até paraguaios que moram na Argentina foram para a capital paraguaia.
Muitos, além da mudança na lei eleitoral, defendem a volta de Paraguayo Cubas ao Senado.
Alerta de segurança
A Polícia Nacional do Paraguai divulgou um alerta de segurança máxima para esta quinta-feira, válido para todo o país, mas em especial para Assunção, onde a mobilização popular é intensa.
O alerta vale desde as 5 horas desta quinta-feira "até nova ordem", diz o documento, assinado pelo comandante da Polícia Nacional, Walter Vázquez.
Várias ruas de acesso ao Congresso paraguaio estão fechadas, para impedir a entrada de manifestantes.
"Pregam violência"
O ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, disse ao jornal La Nación que a Polícia Nacional vai garantir a livre manifestação.
Mas ele afirmou que a preocupação é porque a manifestação desta quinta foi convocada por pessoas que buscam violência (referindo-se, certamente, ao polêmico Paraguayo Cubas).
"É preciso entender que se está projetando sobre o futuro do país a violência como ferramento de condução no cenário político, e creio que os principais atores políticos e os representantes do pensamento cidadão deveriam chamar para esta reflexão", disse o ministro.
Fontes: La Nación, Última Hora, La Clave e ABC Color
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