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A decisão do bispo Marcelo Martorell, de suspender um padre, acabou revelando uma briga interna na diocese de Puerto Iguazú.
A suspensão foi para que o padre David Rodrígues não viesse a público denunciar o que qualifica como "estado de corrupção", envolvendo casos de pedofilia e condutas contrárias ao sacerdócio, segundo ele (o padre inclui homossexualismo, que pode ser contrário ao sacerdócio, mas não é obviamente crime).
Na quinta-feira, 20, moradores de Caraguaty foram à porta do bispado de Iguazú, numa manifestação encabeçada pelo padre Rodríguez, mas o bispo não estava. Eles foram recebidos pelo vigário Leandro Rissmolier.
O padre deu entrevista à Rádio Cataratas, de Puerto Iguazú, e disse que "tem provas" de todas as acusações que fez.
Na resolução que afastou o padre como "pena medicinal", o bispo Marcelo Martorell diz que “Rodriguez carece de idoneidade para exercer o ofício da condução pastoral, por falta de virtudes humanas como a obediência, a humildade e a caridade".
Rodriguez não pode, pela resolução, realizar quaisquer atos como sacerdote, além de haver o pedido para que abandone o território paroquial imediatamente e que não more na jurisdição diocesana.
Padre Rodríguez denunciou, entre outros, o diácono Raúl Maza, secretário particular do bispo, sobre quem disse – entre outras coisas – que ele foi expulso dos seminários de San Rafael, em Mendoza, e de Ciudad del Este, no Paraguai, por conduta indecorosa e irregularidades disciplinares.
Ele apresentou como provas documentos daqueles seminários. Um deles, assinado por monsenhor Carey, inclui o testemunho de um seminarista de 21 anos que acusa Maza de lhe haver feito "uma proposta desonesta".
Mas Maza desmente padre Rodrigues, e diz que ele quer desprestigiar a igreja e o bispo com acusações sem fundamento. Disse que os documentos apresentados por ele são falsos e pretende iniciar um processo canônico por ele pelas calúnias.
Segundo Maza, "o primeiro bispo que puniu um sacerdore foi Martorell, e o mandou diretamente à Justiça. O bispo não encobre nada, e além disse o réu é inocente até que se prove o contrário. Ambas as acusações são mentirosas", diz, enfaticamente.
Fontes: El Independiente Iguazú e Rádio Cataratas
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