Pais exploram crianças nas ruas de Ciudad del Este (e de Foz)

Pior ainda é a situação de crianças abusadas sexualmente. Há muitas denúncias e pessoal insuficiente para o atendimento caso a caso.

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Diminuiu um pouco a presença de mães paraguaias, com suas crianças, pedindo esmolas nas ruas de Foz do Iguaçu. Mas a exploração de menores pelos próprios pais é um problema sério em Ciudad del Este.

Segundo o Conselho da Infância e Adolescência de Ciudad del Este, uma pesquisa feita com crianças em situação de rua confirma que 80% delas pedem esmolas e são exploradas pelos pais.

Agora, está sendo feita uma campanha para que nãos e dê dinheiro aos pequenos que perambulam pelas ruas, pois é isso que os transforma em vítimas de exploração infantil. Vale pra Ciudad del Este, vale pra Foz.

Os funcionários do conselho já confirmaram casos de mães que obrigam os filhos a ficar nas ruas em dias de temperaturas muito baixas, para comover as pessoas e conseguir esmolas mais generosas.

O conselho está fazendo um censo das crianças em situação de rua, o que deve ser concluído entre outubro e novembro. A intenção é obter a documentação e a escolarização de todas as crianças, para que suas famílias recebam cestas básicas de alimentos.

"A criança não deve trabalhar, a lei não permite isso. Nós queremos potencializar a imagem da mmamãe protetora. Vemos que base de tudo é a ignorância. Muitas estão tomando tereré na esquina, enquanto seus filhos estão nos semáforos pedindo dinheiro. E vivem disso", disse a advogada Alice Monges, uma das integrantes da equipe do conselho.

Abusos

Outro problema sério a que o conselho faz alerta são os casos de abuso sexual infantil. Só nesta semana, foram inúmeras denúncias de vizinhos ou da Polícia Nacional, de pais que, sob efeito de alucinógenos ou álcool, submetem seus filhos menores a abusos físicos e sexuais, de forma reiterada.

A advogada disse que o Ministério Público faz seu trabalho, mas é insuficiente a quantidade de profissionais para os casos que se apresentam. Atualmente, há apenas uma assistente social para uma demanda tão grande, ainda mais que cada caso requer atenção especial.

Mesmo assim, as unidades especializadas da Infância e Adolescência foram afastadas desse atendimento por decisão da Promotoria Geral do Estado, e os casos onde crianças são vítimas são atendidos por unidades penais comuns.

Fonte: La Clave

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