Paraguai passa o Chile e assume primeiro lugar em clima econômico na América Latina

O Indicador de Clima Econômico da América Latina continua a cair, puxado especialmente por Brasil, México e Argentina.

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Apesar de ter apresentado queda, o Paraguai conseguiu o melhor Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina, segundo os dados divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em parceria com o instituto alemão Ifo.

O indicador do Paraguai passou de 18,6 para 11,8, mas ainda assim foi superior ao do Chile, que ficou em segundo lugar, com a queda do ICE de 19,1 para 16,8 pontos no mesmo período.

A média da América Latina caiu pelo terceiro trimestre seguido, passando de 26,4 pontos negativos em julho de 2019 para 28,2 pontos negativos em outubro, puxada principalmente pelas três maiores economias, Brasil, México e Argentina.

Já o Indicador de Expectativas (IE) para a região, apesar de se manter positivo, caiu de 17,2 para 15,5 pontos no mesmo período. O Indicador da Situação Atual (ISA) da América Latina também piorou, passando de -61,3 para -63,0.

Na média anual, 2019 apresentou piora em relação a 2018, com IE médio de 16,7 pontos, ante 21,9 pontos no ano passado. O ISA terminou 2018 com média de -35,3 e este ano a média caiu para -52,3.

A maior queda na América Latina foi registrada na Argentina, onde o ICE passou de -21,2 para -55,4. Já o ISA argentino caiu de -84,6 para -100,0 e o IE despencou de 76,9 pontos positivos para 9,1.

O indicador para o Brasil também apresentou piora, com o ICE caindo de -23,2 em julho para -25,0 em outubro. O ISA ficou estável em 75 pontos negativos e o Índice de Expectativa caiu de 50,0 para 45,0 pontos positivos.

De acordo com a pesquisa, os principais problemas enfrentados pelo Brasil são inadequação da infraestrutura, demanda insuficiente, falta de competitividade internacional, falta de inovação, corrupção, barreiras legais para investidores, falta de mão de obra qualificada, instabilidade política, aumento da desigualdade de renda e barreiras às exportações.
Mundo

Segundo o Ibre/FGV, a América Latina está com clima econômico menos favorável do que a média mundial desde 2013. O dado para o mundo fechou outubro com 18,8 pontos negativos, piora em relação aos 10,1 pontos negativos registrados em julho. A situação atual passou de 5,4 pontos negativos para 16,4 pontos negativos no mesmo período e o IE caiu de 14,7 pontos negativos para 21,1 pontos negativos.

Nos Estados Unidos, o ICE passou de 5,2 pontos positivos para 9,7 pontos negativos no período.

Como é

A pesquisa trimestral que serve para o acompanhamento e antecipação de tendências econômicas da região é feita com base em informações prestadas por especialistas econômicos, com a mesma metodologia aplicada, simultaneamente, em todos os países da região, método que permite a construção de um ágil e abrangente retrato da situação econômica de países e blocos econômicos.

A Sondagem gera informações de natureza tanto qualitativa quanto quantitativa. O Índice de Clima Econômico (ICE) é o indicador síntese, composto pelos Índices da Situação Atual (ISA) e de Expectativas (IE), ambos de natureza qualitativa, referentes às questões da pesquisa que tratam da situação econômica geral do país na atualidade e nos seis meses seguintes.

As respostas individuais são combinadas para cada país sem qualquer ponderação. Para chegar ao valor médio de cada índice, atribui-se nove pontos às respostas positivas (+), 5 às respostas indiferentes (=) e 1 às respostas negativas (-). O ICE é uma média aritmética dos dois índices que o compõem.

O procedimento de agregação de dados para determinado grupo de países ou continente é feito de acordo com a participação relativa do comércio exterior (exportações + importações) de cada país em relação ao total da região.

Fontes: Agência Brasil e Fundação Getulio Vargas

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