Polícia paraguaia faz megaoperação para prender assassinos de jornalista brasileiro

Houve várias detenções, apreensões de armas e de munições, além do carro que teria sido usado pelos criminosos, em Pedro Juan Caballero.

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A polícia e o Ministério Público do Paraguai desenvolveram na madrugada deste sábado, 22, uma megaoperação em Pedro Juan Caballero, para chegar aos criminosos que executaram o jornalista brasileiro Lourenço Veras, o Leo Veras, 52 anos, no dia 12 deste mês.

A Operação Alba, como foi chamada, começou às 3h30 da madrugada e terminou às 7h. Participaram dez promotores e policiais de três departamentos: Contra o Crime Organizado, Investigações de Amambay e Investigação de Homicídios.

Pela manhã, apareceram os resultados: depois de buscas em 19 moradias em vários bairros da cidade, foram detidas dez pessoas, apreendidas várias armas,inclusive de grosso calibre, e cinco veículos, um dos quais teria sido utilizado pelos criminosos para chegar à casa do jornalista, que morava com a família (a mulher é paraguaia) em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã (MS).

Este Jeep Renegade tem características semelhantes às descritas por testemunhas que viram os bandidos chegando na casa de Leo Veras. Foto MP Paraguay

Entre as apreensões, estão quatro pistolas Glock 9 mm, uma pistola réplica, dois revólveres, uma escopeta, dois carregadores Glock, munições de diversos calibres, telefones celulares, documentos, dinheiro, equipamentos DVR e câmeras fotográficas.

Foram detidos seis paraguaios, três brasileiros e um boliviano. Eles estão na delegacia de Amambay, mas serão levados para interrogatórios em Assunção.

Segundo o portal Ponta Porã News, que pertencia a Leo Veras, os brasileiros detidos são: Luis Fernando Leite Nunes,Sanção de Souza e Leonardo de Souza Conceição.

Os paraguais são Arnaldo Colmán, 32, com prisão decretada por furto e por não pagar pensão alimentícia; Anderson Rios Vilhalva, 31; Paulo Sespedes Oliveira, 40; Oscar Duarte, 30; Marcos Aurelio Vernequez Santacruz, 31; e Cintya Raquel Pereira De Leite. O décimo preso é o boliviano Juan Vicente Jaime Camaro.

Em entrevista ao ABC Cardinal, o promotor Federico Delfino informou que há um permanente contato com colegas brasileiros, já que os grupos criminosos atuam nos dois lados da fronteira.

A execução

Durante uma entrevista ao Domingo Espetacular, da Rede Record, o jornalista Leo Veras denunciou, em 28 de janeiro, que vinha recebendo ameaças de grupos criminosos por causa das publicações que fazia sobre o tráfico de drogas na fronteira do Paraguai com o Brasil.

Segundo Leo, por mensagens de texto no celular, ele foi ameaçado de sofrer um atentado, se não calasse a boca.

Outra ameaça

Logo depois do atentado contra Veras – morto com 12 tiros quando jantava com a família, em sua casa -, o correspondente do ABC Color em Pedro Juan Caballero, Gilberto Ruiz Díaz, também procurou as autoridades para denunciar que desconhecidos fizeram fotografias de sua casa, de forma acintosa.

Fontes: Hoy, ABC Color e Ponta Porã News

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