Prefeito demite agentes de trânsito de Ciudad del Este “por falta de confiança”

Haverá concurso para incorporar novos agentes, mas por enquanto a cidade não tem policiamento de trânsito.

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O prefeito de Ciudad del Este, Miguel Prieto, demitiu todos os agentes da Polícia Municipal de Trânsito por "falta de confiança".

O desligamento foi notificado na manhã desta quinta-feira, 19, a cerca de 60 agentes, que, em protesto, queimaram pneus no acesso à sede da Polícia Municipal de Trânsito.

O diretor da corporação, Albert Espínoza, explicou que o prefeito tomou a decisão porque os agentes não "recuperaram a confiança" diante dos cidadãos.

Ele lembrou que grande parte dos homens uniformizados entrou na era dos Zacarías (o hoje senador Javier Zacarías Irún e a mulher dele, Sandra McLeod Zacarías) e são acusados de ter participado de esquemas de corrupção em administrações anteriores.

Por enquanto, a cidade está sem policiamento de trânsito, mas Espínoza disse que será feito um concurso para incorporar novos agentes.

A sindicalista municipal Castorina Molinas questionou a decisão do prefeito e disse que os agentes foram demitidos sem justa causa.

Por sua vez, o advogado Raúl Maizares, representante dos agentes, anunciou que solicitará uma medida cautelar para o retorno imediato dos agentes com estabilidade no emprego e, ainda, que, relatar o caso à justiça.

Agentes demitidos queimam pneus na frente da sede da Polícia de Trânsito. Foto Vanguardia

Denúncias

A atuação dos agentes de trânsito de Ciudad del Este foi alvo frequente de denúncias na imprensa paraguaia, sob acusações de receberem propinas para facilitar o acesso à Ponte da Amizade por vias normalmente proibidas.

Ao invés de atuar para facilitar o tráfego no congestionado centro comercial da cidade, os agentes de trânsito provocam engarrafamentos. Eles agem em conluio com falsos 'guias de turismo', que pedem propina aos motoristas que querem se livrar da fila. Os que pagam são levados por vias alternativas até o acesso à Ponte, onde são liberados pelos agentes.

Denúncias mais recentes são de que alguns agentes também estariam fazendo apreensão de veículos com alguma irregularidade, para liberar só depois do pagamento de "coima".

Fonte: Vanguardia e Arquivo

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