Denise Paro – Especial para o H2FOZ
Fotos e vídeo: Marcos Labanca
O pensamento de solidariedade e compartilhamento se espraia na área tecnológica. No Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus de Foz do Iguaçu, o professor de Física Vasco Neves idealizou o projeto de uma impressora 3D de fonte aberta que gera parte das próprias peças.
O equipamento imprime camada por camada até formar as peças, objetos de plástico livres sem tóxicos. Em 30 minutos é possível fazer um objeto pequeno. “A vantagem de ter uma impressora 3D é poder substituir qualquer peça de utensílios domésticos que sejam de plástico”, explica Neves. No caso da universidade, também podem ser elaborados objetos de uso didático e laboratorial.
VÍDEO ENTREVISTA
Por ser de fonte aberta, qualquer pessoa pode montar uma impressora semelhante. Enquanto o preço de uma impressora 3D no mercado chega a cerca de R$ 20 mil, a desenvolvida no IFPR custou R$ 2.500.
Uma estação meteorológica e projetos de robótica, na área de Engenharia Mecânica, todos inseridos no conceito de tecnologia social e de fonte aberta, também estão sendo desenvolvidos no laboratório, chamado Labmaker. Porém, em razão dos recentes cortes orçamentários do governo e do pouco apoio à pesquisa, o avanço é bem lento.
A impressora 3D faz parte de um projeto amplo do professor Vasco chamado de Ecologia de Fonte Aberta, que prevê a construção de 50 máquinas. A ideia é a de que as máquinas sejam incorporadas pela sociedade e que as pessoas possam desenvolvê-las. O primeiro passo, para a proposta alavancar, seria fazer um laboratório que custa de R$ 50 mil a R$ 150 mil, disponibilizado para inventores, empreendedores e artistas. Neves está à procura de financiadores para concretizar a iniciativa.
REPORTAGEM COMPLETA
Os laços da economia solidária em Foz do Iguaçu
Projetos de universidade têm foco na economia autossustentável e no compartilhamento de tecnologia
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