Senado aprova adiamento das eleições municipais para novembro

Projeto segue para votação na Câmara dos Deputados. Cidades elegem vereadores e prefeitos neste ano.

Apoie! Siga-nos no Google News

H2FOZ – Paulo Bogler 

Em sessão remota nessa terça-feira, 23, o Senado Federal aprovou em dois turnos o Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o adiamento das eleições municipais deste ano para os dias 15 e 29 de novembro. A medida é por causa da pandemia de covid-19. 

Agora, a matéria será deliberada pela Câmara dos Deputados, que deverá analisar a pauta em duas votações. “Com a previsão das eleições ainda para este ano, fica garantido o período dos atuais mandatos”, informou a Agência Senado. 

Na primeira votação no Senado foram 67 votos a favor, 8 contrários e 2 abstenções. No segundo turno, a proposta foi aprovada por 64 votos a 7. Para passar, o projeto necessidade de 49 votos. 

Pelo calendário em vigor, o primeiro turno das eleições está marcado para 4 de outubro, para a escolha de vereadores e prefeitos nas cidades brasileiras. 

De acordo com o projeto aprovado pelos senadores, a data da posse dos candidatos eleitos será mantida para o dia 1º de janeiro de 2021.

Conforme a PEC aprovada pelos senadores, o período para a realização das convenções com  a escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações será de 31 de agosto a 16 de setembro

Emissoras poderão transmitir programas apresentados ou comentados por pré-candidatos até 11 de agosto. Partidos e coligações deverão  solicitar à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até o dia 26 de setembro.

Se for mantido o texto da PEC pelos deputados federais, a propaganda eleitoral, inclusive na internet, começará após 26 de setembro. A Justiça Eleitoral, com partidos e a representação das emissoras de rádio e televisão, farão o plano de mídia.

Pela proposta do Senado, a diplomação dos candidatos eleitos ocorrerá em todo o país até o dia 18 de dezembro.

Busca de consenso 

Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reuniu os presidentes das duas casas legislativas –  Senado e Câmara – , líderes partidários, médicos e cientistas para debater o adiamento das eleições. O tribunal citou “consenso” entre os consultados para o ajuste no calendário.

De acordo com o portal Congresso em Foco, a PEC do adiamento das eleições poderá ter dificuldades para avançar entre os deputados federais, que seguem divididos sobre o tema.  Enquanto parlamentares de oposição são favoráveis à mudança de data do pleito eleitoral, o Centrão, bloco muito influente na Casa de Leis, resiste à alteração do calendário.

(Com informações da Agência Senado, portal Congresso em Foco e Tribunal Superior Eleitoral) 
 

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.