Senador denuncia que autoridades “protegem” o megadoleiro Dario Messer

Isso explicaria como ele esteve num cartório de Salto del Guairá, em novembro, embora esteja foragido desde maio de 2018.

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Do Última Hora

O senador paraguaio Jorge Querey, que faz parte da Comissão Bicameral que investiga o doleiro Dario Messer, afirma que o foragido da Justiça tem proteção "institucional, legal ou pessoal por parte de autoridades do país".

Isso explicaria, segundo ele, o fato de Dario Messer ter procurado um cartório de Salto del Guairá, em novembro do ano passado, quando já era procurado internacionalmente, a pedido da Justiça brasileira, por ser um dos principais fornecedores de dinheiro nos esquemas de corrupção da Lava Jato no Rio de Janeiro.

Messer foi ao cartório para dar poderes à advogada Leticia Bóveda para representlo numa demanda contra a juíza Julia Alonzo. Foi a juíza que notificou o Ministério Público, ao receber o documento assinado no cartório de Salto del Guairá.

A propósito, a advogada que Messer contratou é filha do senador Juan Manuel Bóveda, do partido União Nacional dos Cidadãos Éticos.
 
Messer é procurado desde maio de 2018, como parte da investigação de um esquema de lavagem de dinheiro que envolve vários doleiros, no Brasil. Eles teriam movimentado cerca de US$ 1,6 bilhão em mais de 52 países. Messer, que é brasileiro naturalizado paraguaio, é considerado o "doleiro dos doleiros", por fornecer dinheiro para seus colegas de "profissão".

O senador Querey acha que o doleiro goza de proteção política e diz que a maior parte de seus empregados, que estiveram envolvidos na conexão do setor público com o caso Messer, ou estão agora no setor privado ou continuam em cargos importantes no atual governo.

Ele diz que as autoridades, embora Messer tenha ordem de captura com alerta vermelho, não apresentam nenhum resultado nas buscas.

E lembra que, dentro do suposto esquema de lavagem de dinheiro em que Messer está envolvido, são mencionadas instituições públicas e empresas privadas do Paraguai, mas nenhum dos responsáveis foi processado até agora, embora existam indícios suficientes.

Dario Messer é "amigo irmão" do ex-presidente Horacio Cartes. Inclusive, ele figura como um dos sócios fundadores da empresa Cambios Amambay, que deu origem  à criação do banco Basa, que pertence ao Grupo Cartes.

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