Foz do Iguaçu gerou 1.121 empregos em 2019, de acordo com o relatório divulgado na sexta-feira (24) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram 29.791 contratações e 28.670 desligamentos entre janeiro e dezembro.
Dos três setores mais importantes na geração de empregos, só o de serviços fechou o ano com saldo positivo (crescimento de 3,49%). Houve ligeira queda no comércio (-0,O9%) e na construção civil (-0,04%).
A indústria de transformação, que também é uma boa fonte de empregos, teve resultado ainda pior, com diminuição de 1,56% nas vagas.
Aos números
O comércio, que já vinha claudicante ao longo dos meses, admitiu 9.553 trabalhadores e demitiu 9.569 (saldo negativo de 16 empregos). A construção civil perdeu uma vaga – criou 2.197 e demitiu 2.198. A indústria de transformação admitiu 1.196 trabalhadores e demitiu 1.231 (menos 35 vagas).
Dos oito setores que empregam (extrativa mineral, indústria de transformação, serviços industriais de utilidade pública, construção civil, comércio, serviços, administração pública e agropecuária), só três tiveram saldo positivo – serviços, agropecuária e administração pública.
Embora pouco importante para o setor trabalhista, a agropecuária criou 37 novas vagas em 2019 (admitiu 93 e demitiu 56). A administração pública gerou um emprego.
Turismo
Mas foram os serviços, principalmente aqueles ligados ao turismo, que permitiram a Foz do Iguaçu fechar o ano com saldo positivo. Durante o ano, o setor gerou 16.524 vagas e fechou 15.369, com saldo positivo de 1.155 empregos (3,49% de crescimento).
No Paraná, os municípios com melhor resultado foram Curitiba, com saldo de 29.325 postos de trabalho; Maringá (3.781); São José dos Pinhais (3.158); Cascavel (2.265) e Pato Branco (2.159).
O desempenho de Foz, graças ao setor de serviços, deixou a cidade em oitavo lugar no Paraná, à frente de Londrina (saldo de 465 vagas), por exemplo e de Ponta Grossa (922).
Mas Foz ficou bem abaixo da média paranaense de crescimento no número de empregos (24,2%) e também da média nacional (aumento de 21,63%).
Conjuntura
Para o secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla, "o resultado foi bom, apesar da conjuntura não muito favorável". Segundo ele, "a construção civil decepcionou, apesar do grande volume de obras públicas e privadas existentes no município".
Piolla disse que há a desconfiança de que a construção civil esteja usando bastante mão de obra paraguaia, o que não aparece no Caged. "O setor de serviços, especialmente o turismo, salvou o nosso desempenho”, destaca o secretário.
Um empresário levanta a hipótese de que muitos registros de trabalho não são computados, porque são fruto da nova legislação. "O trabalho intermitente e temporário aumentou muito", diz o empresário, "mas mesmo com carteira assinada, esses empregos não são registrados".
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