Uma Área de Interesse Turístico no encontro de três países: o que fazer?

Paulo Angeli, presidente do (Comtur), ressalta a necessidade de projetos na região próxima ao Marco das Três Fronteiras que beneficiem moradores e turistas.

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Por Paulo Angeli – OPINIÃO

Poucos sabem, mas há alguns anos uma vasta área verde próxima ao Marco das Três Fronteiras e às ruínas do Espaço das Américas foi designada, no plano diretor da Prefeitura de Foz do Iguaçu, como Área Especial de Interesse Turístico (ZT1).

De acordo com a Lei 6.513, de 20 de dezembro de 1977, tais áreas são consideradas partes contínuas do território nacional, abrangendo suas águas territoriais, e devem ser preservadas e valorizadas por seu valor cultural e natural, destinando-se à implementação de planos e projetos de desenvolvimento turístico.

Esse título representa uma grande conquista para o setor, especialmente considerando que, anteriormente, cogitou-se a instalação de um novo porto seco no mesmo local. Teria sido um desperdício notável para um ponto tão privilegiado, onde os rios Paraná e Iguaçu se encontram.

Mas por que trago esse assunto à tona? Este local singular e icônico, situado na fronteira entre três países representa uma oportunidade única para a criação de um novo espaço de lazer para os moradores, além de contribuir para a missão de prolongar a estadia dos turistas em nosso destino.

É notável a transformação que vivenciamos na região nos últimos anos, com a singularidade e a beleza contemplativa desse espaço gerando imagens espetaculares que circulam pelo mundo. Além disso, não podemos ignorar os benefícios econômicos, como a geração de empregos e renda para a população local.

Um investimento por ali seria fundamental, por exemplo, para transformar o Espaço das Américas, de área degradada e perigosa, em um atrativo que honre a paisagem, a exemplo do que ocorreu com o Marco das Três Fronteiras, que proporciona um pôr do sol inesquecível, além de valorizar a cultura do Brasil, Argentina e Paraguai.. Outro exemplo prático foi o que ocorreu com a Yup Star Foz, um investimento privado criado em plena pandemia que hoje atrai turistas e a população. O passeio fica ainda mais completo com a imponência da ponte estaiada, que em breve deve ligar Brasil e Paraguai.

Pelo Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu (COMTUR), conseguimos inserir essa importante pauta em um documento do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (CODEFOZ) com demandas de projetos para a cidade. O nosso pedido é por recursos que possibilitem a contratação de uma empresa especializada para desenvolver um estudo de ocupação turística daquela região. A Tríplice Fronteira merece!

Paulo Angeli é presidente do Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu (Comtur) e idealizador do Festival das Cataratas.

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Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ

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