Três vizinhos apertam cintos. FMI reduz projeção para Brasil, Argentina e Paraguai

O menor crescimento da economia brasileira e mexicana, somado à crise argentina, fará que o PIB da América Latina cresça só 0,2% em 2019.

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Brasil – 0,9% em 2019 e 2% em 2020

Argentina – queda de 3,1% en 2019 e 1,3% em 2020
Paraguai – 1% este ano e 4% em 2020

Esta foi a nova projeção, feita agora em outubro pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), para a economia dos vizinhos da tríplice fronteira.

O prognóstico feito em julho tinha números melhores para o Paraguai, que deveria crescer 3,5% este ano, mas acabou tendo não só problemas com a crise dos vizinhos, mas também com enchentes, depois com a seca e incêndios, mais o preço em queda dos seus produtos de exportação.

Pro Brasil, crescimento previsto era de 0,8%, em julho. Subiu um tico. Pra Argentina, já havia previsão de recessão, mas menos intensa: queda de 1,7% do PIB este ano e volta ao crescimento em 2020 (com 2,7% positivos).

Como o México também teve uma revisão pra baixo – crescimento de apenas 0,4% este ano e 1,8% no ano que vem -, as três maiores economias da região (México, Brasil e Argentina) influenciaram fortemente na queda da projeção de crescimento para toda a América Latina.

Em julho, o FMI previa que a região cresceria 0,6% em 2019 e 2,3% em 2020, números um pouquinho mais alentadores.

Os países que vão garantir que a região não fique no vermelho, em 2019, são o Peru, o Chile, a Colômbia e a Venezuela, todos com crescimento superior a 2,5% este ano.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) também rebaixou a previsão de crescimento para a economia global, para 3% a previsão. É o menor índice desde a crise financeira de 2008.

Voltando aos três vizinhos, mesmo com a crise econômica, o Paraguai é ainda o que está em melhor situação, com crescimento ligeiramente superior ao do Brasil, este ano, e o dobro do brasileiro, em 2020.

Desde 2014, é a primeira vez que o Paraguai crescerá menos de 3% no ano. O aumento no PIB foi de 4,6% em 2014, 3,3% em 2015, 3% em 2016, 4,8% em 2017 e 3,7% em 2018. Quase um "tigrinho".

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