UDC transforma fatalidade ambiental em educação, conhecimento e ciência

Pesquisadores do centro universitário farão taxidermia e necropsia para determinar a causa da morte de uma onça-parda, que foi entregue pela Polícia Ambiental Força Verde.

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O Centro Universitário UDC recebeu da Polícia Ambiental Força Verde o corpo de uma onça-parda (Puma concolor) que morreu em decorrência de um atropelamento na PR-467, na região de Cascavel, no final do mês de julho. Pesquisadores da UDC farão a necropsia para determinar a causa da morte do animal e o processo de taxidermia no felino.   

A Polícia Ambiental doou o cadáver da onça ao centro universitário por saber do importante trabalho de educação ambiental realizado na instituição de ensino, a partir de fatalidades como a que ocorreu com o Puma.

Na sexta-feira (9), às 14 horas, no Hospital-Escola de Medicina Veterinária da UDC, o pesquisador e coordenador do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário UDC, professor mestre Joaquim Buchaim, acompanhado de universitários de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas, vai iniciar os processos no animal morto.

O corpo da onça será lavado e eviscerado. O grupo vai realizar a necropsia para saber a causa da morte e identificar todos os ferimentos sofridos pelo animal no atropelamento. Depois, a onça-parda, um macho adulto, passará pelo processo de taxidermia não tóxico para, enfim, poder fazer parte do programa de educação ambiental da instituição.

Educação ambiental na UDC

O Centro Universitário UDC possui em seu inventário quatro grandes felinos que passaram pelo processo de taxidermia e fazem parte de diversas ações educativas em toda a região. “As onças do nosso acervo são itinerantes. Sempre que há necessidade, emprestamos os exemplares a diversas instituições como o Parque Nacional do Iguaçu, Força Verde, Parque das Aves, escolas e outros, para que fiquem em exposição e representem com sua imagem forte a importância desses animais para o meio ambiente”, explica Buchaim.  

O professor conta ainda que o grande objetivo do trabalho é ajudar na conscientização sobre a importância da preservação desses grandes predadores do topo da cadeia alimentar. “O nosso trabalho de educação ambiental utilizando a coleção de onças serve para preservar a imagem dos animais de forma que a população simpatize com os mesmos e adquira consciência ambiental.”

A natureza perde muito

O coordenador lembra que a morte de um grande felino vai acarretar uma sequência de prejuízos à natureza. “É uma cadeia, quando perdemos um felino de grande porte como o que recebemos, uma série de fatores negativos ocorre na natureza. Ele era um macho, pode andar cerca de 60 km por dia para marcar seu território. Com a morte, outro animal vai assumir seu lugar e, se o espécime morto tinha filhotes, seu sucessor vai cometer infanticídio, ou seja, pode ser que muito mais fatalidades ocorram em decorrência do atropelamento.”

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