União entre Continental e UTFPR é uma ‘mão na roda’ para indústria e Universidade

Uma das empresas que abriu suas portas à parceria com a UFTPR, Campus PG, é a Continental do Brasil Produtos Automotivos Ltda. Com uma média de 1.200 funcionários,  na unidade de Ponta Grossa-PR, fundada em outubro de 1999, esse ano completa 20 anos da planta em Ponta Grossa, marcando significativa presença no segmento automotivo e industrial.

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Uma das empresas que abriu suas portas à parceria com a UFTPR, Campus PG, é a Continental do Brasil Produtos Automotivos Ltda. Com uma média de 1.200 funcionários,  na unidade de Ponta Grossa-PR, fundada em outubro de 1999, esse ano completa 20 anos da planta em Ponta Grossa, marcando significativa presença no segmento automotivo e industrial. De acordo com Eduardo Barros, Gerente de Engenharia de Processos e Projetos,  o Recursos Humanos da Continental, quem tem à sua frente Edicleia Viana, responsável pelo projeto,  incentiva muito este contato entre a universidade e a empresa.

O primeiro contato com a proposta gerou um certo receio, em virtude da inexperiência de alunos na indústria, relembra  Eduardo Barros. "Mas considero que eles são condutores da informação atualizada dos professores com as necessidades da indústria. Então o contato e suporte dos professores foram primordiais para impulsionar as atividades", frisa o gerente.

O representante da Continental explica que do lado da indústria, com a constante evolução de novas soluções e conceitos, o contato com a universidade traz um conteúdo atualizado. E isso permite quebrar paradigmas através de conceitos teóricos dos quais as empresas ficam sempre na dependência de fornecedores, mas que nem sempre fornecem a solução ideal para o momento da empresa. De outra perspectiva, em relação à Universidade, a parceria prepara alunos mais conectados com a demanda atual, fornecem abordagem prática ao currículo e atualizam os conteúdos das aulas com os casos práticos.

 

"É uma ação pouco explorada que parte por falta das empresas conseguirem administrar estas iniciativas e também pouco acessado por outras universidades. Ambos serão cada vez mais exigidos para se atualizarem   em preparar os profissionais do futuro".

O segredo

E como é lidar com esses jovens da geração Z ? O que diferencia esses futuros profissionais daqueles que participaram da fundação da empresa ou períodos mais antigos ao atual? Para Eduardo Barros, é  preciso dar ritmo, porém respeitar o espaço deles. "São jovens com  grande interesse em trazer novas ideias e é algo que irá formatá-los para a indústria do futuro, onde o conhecimento é vasto e disponível e tudo pode ser discutido e reinventado."

Em relação à questão da confiança, dos segredos industriais, Eduardo Barros destaca que é algo administrável dentro das complexidades dos projetos. "Hoje atuamos da mesma forma com fornecedores, porém a Universidade é imparcial sem interesse comercial o que facilita a troca de informações", observa.

De acordo com Eduardo Barros, a base da Indústria 4.0 é o acesso às informações "e sempre que buscamos fornecedores tenta-se vender a solução completa, complexa e cara, também mantendo o conhecimento e a dependência neles no futuro. Com a UTFPR, conseguimos evoluir nosso conhecimento pois participamos das aulas em conjunto com os alunos. Como resultado foi definido a melhor plataforma de acesso aos dados, sem limites e a um custo muito acessível que será implantado pela empresa ainda este ano", comemora.

A Continental além de parceira nos estágios é mais uma empresa que tornou-se agregadora de mão de obra profissional e especializada, abrindo espaço para os alunos que um dia acessaram a empresa como estagiários e hoje fazem parte do quadro de funcionários. 

Segundo Eduardo, a Continental  tem estagiários e ex-alunos contratados da UTFPR, que não necessariamente atuam na área deste projetos, mas suportam e conhecem as estruturas internas que facilitam a comunicação. Porém não é condicionante, a empresa disponibiliza transporte e abre as portas para alunos e professores durante os projetos.

O recado do Gerente de Engenharia de Processos e Projetos a empresários que, muitas vezes ainda têm receio de abrir suas portas para projetos similares é franco. "A indústria carece de mão de obra e recurso para investir. Com a UTFPR , além de contribuir para a formação de profissionais mais preparados, a indústria tem acesso ao suporte na solução de problemas sem custo com o conhecimento atualizado da universidade que também é reciclado com estes projetos. Um ganha-ganha social e econômico".

 

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