Veja como está a pandemia em Foz, no Paraná, no Brasil e nos países vizinhos

E mais: a segunda onda da pandemia atinge com força países europeus, já com novos recordes de casos.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Parece que não há jeito. Sem a vacina, vamos continuar com mais e mais mortes provocadas pela pandemia.

Em quase todos os países, há uma tentativa quase desesperada de uma volta à normalidade. Ou de “aprender a conviver com a covid-19”, como quer o Paraguai, que já na segunda-feira, 5, suspende as fases da quarentena.

Mas os números – ah, esses números! – não deixam margem a dúvidas. Não pode haver uma volta à absoluta normalidade, porque vai ser preciso usar máscaras, sempre, e nunca abusar, como fazem muitos jovens.

A pandemia está muito bem estabelecida e forte no mundo. Com tendência a dar novos sustos mesmo nos países em que estava sob controle.

Vamos ao balanço semanal

Em Foz, estabilidade em número de casos. Mas num nível alto

No sábado, 3, Foz do Iguaçu chegou a 7.451 casos confirmados de covid-19, dos quais 7.043 recuperados (94,52% do total). Há 229 pessoas em isolamento domiciliar, 87 internados e a soma de mortes subiu para 106.

A ocupação de leitos de UTI está em 66,67% e a de leitos de enfermaria em 57,81%. Dos pacientes internados, 62 iguaçuenses confirmados para covid-19; o restante é de casos em análise ou são moradores de outros municípios (2 de São Miguel do Iguaçu, 1 de Medianeira, 1 de Santa Terezinha de Itaipu, 1 de Missal e 2 de outras localidades).

Letalidade (índice de mortes provocadas pela covid-19, em relação ao total de casos:

Mundo 2,98%
Brasil: 2,99%
Paraná 2,51%
Foz do Iguaçu 1,42%

A incidência de casos confirmados por 100 mil habitantes, em Foz, é de 2.910, o que deixa a cidade em situação de risco, porque é superior à média brasileira em até 50% (no Brasil, são 2.265 casos por 100 mil habitantes; no Paraná, 1.572 – risco intermediário).

Mas, em relação ao Paraná, a regional de Saúde de Foz está em situação de emergência, porque registra 50% mais casos do que a média estadual.

O número de casos, pela média móvel, foi de 58,14 até sábado, dia 3. Isso indica estabilidade em relação há 14 dias. Isto é, a média diária é semelhante à de duas semanas atrás, não aumentou nem caiu, mas continua elevada.

Veja o “mapa do carlor” de Foz, com as áreas em que há mais casos:

 

Relatório do Paraná mostra que 18% dos mortos não tinham fatores de risco

No Paraná, pelo relatório da Secretaria de Estado da Saúde, há 181.772 casos confirmados e 4.530 vítimas fatais. Do total de mortos, 82% tinham fatores de risco; 18%, nenhum, o que indica o perigo que a covid-19 representa mesmo para não idosos e pessoas sem comorbidades.

No sábado, havia 721 pacientes internados com diagnóstico confirmado, dos quais 361 em leitos de UTI.

Ainda sem diagnóstico, mas suspeitos de estarem com covid-19, há mais 1.021 pacientes, dos quais 454 em leitos UTI.  

O índice de recuperação no Estado é de 73,7%.

A média móvel de casos está em 1.372 por dia, na última semana até sábado. Isso representa um decréscimo de 8,2% na comparação com 14 dias atrás. Em óbitos, a diminuição na média móvel foi de 4%.

Veja no quadro como está o Paraná no ranking dos estados, em casos e mortes:

No Brasil, proporcionalmente, covid-19 mata mais que nos Estados Unidos

No Brasil, já são 4.906.833 casos confirmados, até sábado. Desse total, 4.248.574 pessoas se recuperaram.

O total de mortes pela pandemia aumentou para 1145.987.

O estado de São Paulo atingiu 1.003.429 de casos confirmados de covid-19 e 36.136 mortes. Em segundo lutar, em mortes, vem o Rio de Janeiro – 18.749. Depois, vêm Ceará (9.050), Pernambuco (8.318) e Minas Gerais (7.569).

Os estados com menos óbitos são Roraima (661), Acre (667), Amapá (715), Tocantins (966) e Mato Grosso do Sul (1.335).

Embora os Estados Unidos encabecem o ranking mundial em casos e mortes por covid-19, a situação do Brasil é mais grave.

Proporcionalmente, morre-se mais aqui do que lá. O Brasil é o 4º país do mundo com mais mortes por covid-19, proporcionalmente, enquanto os Estados Unidos estão em 8º lugar.

A BBC, com base nos números do dia 30 de setembro do painel on line da universidade americana Johns Hopkins, fez a lista dos 10 países com mais mortes por covid-19 a cada 100 mil habitantes.

O “top ten” tem seis países da América Latina. Além do Brasil, estão Peru, Bolívia, Chile, Equador e México.

Veja a lista feita pela BBC, dos países com mais mortes, proporcionalmente à população:

Em números absolutos de mortes registradas em cada país, a lista é bem diferente, explica a BBC.

Os Estados Unidos estão no topo, com 209.399 mortes, seguidos por Brasil (145.987), Índia (101.782), México (78.880), Reino Unido (42.407), Itália (35.968), Peru (32.609), França (32.171), Espanha (32.086) e Irã (26.957).

Tomando-se o número de casos, e não de mortes, a lista muda novamente e, entre os dez países, passam a constar também Colômbia (5º lugar) e Argentina (7º).

Paraguai enfrenta a pandemia e, junto, doenças provocadas ela fumaça

Cuidados no Paraguai incluem evitar a inalação da fumaça das queimadas.Foto Agência IP

O Paraguai fechou o sábado com 43.452 casos confirmados e 913 mortes. O número de recuperados passou a 26.512.

Embora os números sejam elevados, o Ministério de Saúde Pública acredita que a curva de contágios estabilizou.

Foi isto que animou o ministério a deixar de lado as fases de quarentena, a partir de segunda-feira, 5, com mais flexibilizações e mobilização liberdada entre 5h e meia-noite. O decreto com as novas normas já foi publicado pelo presidente Mario Abdo Benítez.

Mas o país enfrenta um problema adicional na área de saúde: os internamentos por quadros respiratórios devido à fumaça dos grandes incêndios que atingem o país.
 
O pneumólogo José Fusillo, diretor do Hospital de Contingência do Instituto Nacional de Enfermidades Respiratórias e do Ambiente (Ineram), diz que aumentaram 30% as cnsultas ambulatórias e os atendimentos de emergência por crises asmáticas, informa o jornal Última Hora.

Lamentavelmente, segundo ele, os novos pacientes se juntam aos que têm covid-19. “Temos o problema de separar as pessoas contagiadas das não contagiadas. É uma verdadeira dor de cabeça”, lamentou. E o pior é que o hospital já está com 100% de ocupação dos leitos por acientes de covid-19.

Para o pneumólogo, o anúncio do fim das fases de quarentena pode ter sido prematuro, já que nem sequer se está perto do controle da pandemia no país, com registro de altos números de contágio.

Argentina sobe mais uma vez no ranking de casos

Nem com todos os cuidados a Argentina consegue evitar o aumento de casos e mortes. Foto Agência Télam

Na Argentina, de sexta para sábado, houve mais 11.129 confirmações de casos e mais 197 óbitos. O total, agora, é de 790.818 casos e 20.795 óbitos. Já se recuperaram 626.114 pessoas, um índice de…

No país, há 3.820 pacientes internados em terapia intensiva, o que representa 61,7% do total de leitos, como informa a agência de notícias governamental Télam.

A Argentina voltou a subir no ranking mundial. Estava em 9º lugar, na semana passada, agora está em 7º, em número de casos. Em mortes, permanece em 13º lugar.

No mundo, a força da “segunda onda”

Vários países europeus estão voltando a bater recorde de casos de covid-19, no início do que é considerado uma segunda onda da pandemia.

Na França, foi registrado um novo recorde histórico de 16.972 casos em um dia, além de 49 mortes.

A Polônia sumou em um dia 2.367 novas infecções, 75 a mais do que o máximo anterior, e 34 mortes.

A República Checa também teve um recorde de 3.793 casos positivo. E o mesmo aconteceu na Ucrânia, com 4.661 casos, também recorde histórico, e 92 mortes.

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