Holanda apreende 4,2 toneladas de cocaína “made in Paraguai”

A carga estava em contêineres de soja e o destino final da droga era Portugal.

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A carga estava em contêineres de soja e o destino final da droga era Portugal.

Autoridades da Holanda anunciaram a apreensão de quase 4.200 quilos de cocaína, que estavam em sacas de soja em dois contêineres procedentes do Paraguai. Foi a maior apreensão deste ano no porto de Rotterdan, o mais movimentado da Europa.

A droga foi avaliada em 313 milhões de euros (mais de R$ 2 bilhões). Em uma única apreensão, o total só foi superado por uma carga de 4,6 toneladas de cocaína, em 2005.

A droga já foi destruída, segundo a promotoria holandesa.

Os contêineres, depois de sair do Paraguai, haviam sido transferidos para um cargueiro uruguaio, que aportou em Rotterdan, antes de seu destino final, Portugal, onde aparentemente seriam entregues a uma empresa daquele país.

PORTO DO TRÁFICO

O Ministério Público da Holanda informou, segundo o site Infobae, que as apreensões de cocaína no porto de Rotterdan vêm aumentando ano a ano.

Uma equipe especial voltada ao combate ao narcográfico encontrou no porto 18.947 quilos de cocaína em 2018, três vezes mais que no ano anterior. Em 2019, as apreeensões somaram 33.732 quilos de cocaína, quase o dobro de 2018.

Em 2020, foram interceptados 40.641 quilos, 7 mil a mais que em 2019.

O tráfico de cocaína é um dos maiores problemas de segurança enfrentado pelos países europeus. Segundo um informe internacional, cerca de 4,4 milhões de europeus consumiram cocaína em 2020, tornando-a a segunda droga mais popular da Europa, depois da maconha.

A cocaína entra na Europa principalmente pelo porto de Antuérpia, na Bélgica, mas também por Rotterdan, na Holanda, e Hamburgo, na Alemanha.

NO PARAGUAI

O jornal paraguaio Última Hora lembra que, em outubro do ano passado, a Polícia Nacional apreendeu 2.906 quilos de cocaína num porto perto de Assunção. A droga estava em sacos de carvão vegetal, armazenados em 11 contêineres. Ela teria como destino Israel.

Já em fevereiro deste ano, no Porto de Hamburgo, foi interceptado um carregamento de 16 toneladas da droga procedente do Paraguai, que estavam em cinco contêineres que, supostamente, deveriam conter alvejante.

Numa operação paralela, foram apreendidas outras 7 toneladas da droga na Bélgica, também “made in Paraguai”.

No porto de Antuérpia, dois meses depois, foi descoberto um carregamento de couro onde estavam escondidas 11 toneladas de cocaína. A carga tinha saído em fevereiro do porto de Villeta, no Paraguai, e teve uma parada na Argentina.

URUGUAI

O jornal El País, do Uruguai, ouviu a Aduana sobre a apreensão da droga numa embarcação uruguaia.

O diretor de Aduanas, Jaime Borgiani, garantiu que no Uruguai foram cumpridos todos os controles necessários nos casos de carregamentos em trânsito.

“Asseguro 100% que a droga não foi carregada no Uruguai, e isso é importante”, disse. “A responsabilidade é do país onde foi embarcada, que neste caso é o Paraguai, que deve assumir (a responsabilidade).

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