Venezuelanas vão percorrer 10 países da América do Sul para conhecer pessoas

As venezuelanas Cori Malvestuto e Veronica Otero são documentaristas e apaixonadas por histórias, ou melhor, por história de pessoas.

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* Abilene Rodrigues

As venezuelanas Cori Malvestuto e Veronica Otero são documentaristas e apaixonadas por histórias, ou melhor, por história de pessoas. Há pouco mais de quatro anos decidiram fazer a viagem da vida delas. Compraram uma Kombi, 1998, chamada carinhosamente de Bela Blue, e a transformaram em uma casa sobre rodas. Não somente uma casa, mas também num teatro móvel e, saíram em busca de talentos. Essa semana elas chegaram em Foz do Iguaçu. Visitaram os principais atrativos turísticos da cidade: Itaipu Binacional, Cataratas do Iguaçu, Dreamland Foz e Marco das Três Fronteiras.

O objetivo das documentaristas é conhecer histórias de gente que mora na América do Sul. “Já viajamos por outros continentes, mas o nosso é especial. Aqui tem tudo. As pessoas são talentosas, acolhedoras, lindas. Aqui se respira com os pulmões. Enquanto nos outros a respiração é através de aparelhos”, comparou Cori. 

Elas saíram de casa, em Maracay, distante 120 quilômetros da capital Caracas, com destino ao Brasil. O primeiro estado foi Roraima, fronteira com a Venezuela. Depois passaram pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Paraná e chegaram em Foz do Iguaçu essa semana. Exatos seis meses após o início da aventura. 

“Foz do Iguaçu é uma cidade aconchegante. Embora seja fronteiriça, é encantadora. Não falo apenas pelas belezas das Cataratas, Marco das Três Fronteiras ou Itaipu, mas pelos iguaçuenses . São acolhedores”, afirmou Veronica. Emendou Cori: “Para nós, o lugar são as pessoas”.

Na terça-feira (10), elas visitaram a Itaipu Binacional e o Dreamland Foz. “Gostamos de tudo que vimos. Os personagens de cera são muito bem feitos. Os dinossauros são interessantíssimos. Sem contar o bar de gelo, que é o máximo. Ficamos horas observando, fotografando e filmando tudo”, disse Cori.

De Foz elas seguem para o Paraguai até chegarem à Venezuela, quando devem publicar um documentário e um livro, que já está sendo escrito pelas historiadoras. “Nessa viagem, é como se estivéssemos lendo um livro e assistindo a um filme 24 horas por dia a bordo da Bela Blue”.

Tempo de viagem

A princípio a viagem deveria durar um ano de quatro meses, mas segundo as historiadoras, deixaram de calcular o tempo. Quem comanda e acaba sendo a protagonista da história é a “Bela Blue”. “Ela que nos conduz. Íamos ficar apenas uma semana no Rio, mas estragou e acabamos ficando 20 dias. Em Foz não está sendo diferente. Hoje, quebrou mais uma vez”, contou Veronica. 

A Bela Blue não é apenas a guia das viajantes, mas o palco onde Veronica, Cori e os artistas locais se apresentam. “O nosso projeto chama-se ‘buscando a mi gente’. Quando encontramos pessoas talentosas, as convidamos para se apresentarem na nossa Kombi. E como tem pessoas talentosas nesse continente”, afirmou Cori. Em Foz, elas fizeram um concerto no Marco das Três Fronteiras com canções latino-americanas com voz e violão. “Tem sido extraordinário descobrirmos pessoas.Todas cheias de bondade, amabilidade e gentileza”, completaram 

 As aventuras das venezuelanas podem ser acompanhadas pela página no Facebook: https://www.facebook.com/buscandoamigente

* Publicado originalmente no portal da revista Sobre Rodas

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