Reportagem especial de Denise Paro Fotos: Marcos Labanca
Um cemitério Guarani resiste no aterro do Porto Belo, região Norte de Foz do Iguaçu.
Pouco se sabe sobre a origem do cemitério, que era exclusivo da pequena comunidade guarani local.
Pouco se sabe sobre a origem do cemitério, que era exclusivo da pequena comunidade guarani local.
Com a urbanização, o aterro tomou o espaço e hoje não se pode visitar os túmulos.
Joana Vangelista, descendente guarani, lembra da mãe levando flores e cuidando dos túmulos. Ela atualmente mora em Florianópolis e tem parentes sepultados.
Em 1999, reportagem revelou que o cemitério já estava ameaçado pela ampliação do aterro.
Muitos túmulos foram destruídos, o único com identificação era de Enrique Recalde, 1958.
Antiga morada indígena, a região é repleta de sítios arqueológicos. A área está isolada e preservada hoje, com pesquisa arqueológica em curso pelo IPHAN.
Na região do Três Lagoas, um segundo cemitério indígena se apagou com o tempo. Esquecido, o campo-santo foi aterrado e ocupado por uma olaria, e hoje persiste no lugar uma pastagem para gado.
Professor do curso de História da Universidade Federal Latino-Americana (Unila), Clovis Brighenti considera o campo-santo um local de memória que conecta os indígenas com o passado e a ancestralidade.