O impacto da reforma tributária e a preparação dos sistemas estatais para implementação das mudanças foram alguns dos assuntos debatidos no Congresso do Fisco Paranaense, realizado nos dias 22 e 23, na Assembleia Legislativa.
O evento, em parceria entre a Escola do Legislativo e o Sindicato dos Auditores Fiscais, teve como tema “Reforma Tributária: Impactos Econômicos e Tributários”.
Membro do Conselho Superior do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), Juliano Binder reafirmou a preocupação do setor com o período de transição e adaptação dos sistemas. “Estamos num momento muito crítico, pois os sistemas precisam estar funcionando já em 1.º de janeiro de 2026, e o prazo é muito curto.”
Segundo ele, um ano e meio é um período apertado para implantar um sistema do porte que a reforma exige. Binder ainda destacou que hoje o Brasil ocupa a última posição no ranking global, que envolve 192 países, de complexidade para declarar impostos sobre o consumo.
Com a reforma, de acordo com ele, o país vai migrar do pior sistema para um dos melhores do mundo. A atualização permitirá a empresa emitir uma nota fiscal e a apuração ocorrer de modo automático, informou.
Outro palestrante do evento foi o presidente da Federação Nacional dos Auditores Fiscais Municipais (Fenafim), Fábio Henrique de Souza Macedo. Para ele, ainda há pouca discussão sobre o aspecto operacional da reforma.
“Uma das atividades fundamentais é a fiscalização, que continuará a partir das administrações tributárias estaduais e municipais. É essencial que haja integração entre os fiscos”, frisou.
Conforme Macedo, a ausência de fiscalização pode acarretar aumento da sonegação, inclusive durante o período de transição.
Diretor da Escola do Legislativo, Jeulliano Pedroso realçou que no evento foi possível ouvir diferentes posições sobre a reforma tributária, seus riscos e implicações para o estado do Paraná e para os municípios.
(Com informações da assessoria)