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Ciência

Investigação acadêmica

Pesquisadores da Unioeste estudam produção de colágeno a partir das escamas de tilápia

Destaque nacional na produção de tilápia, no Paraná ainda não há registros de produção industrial de colágeno a partir do peixe

2 min de leitura
Pesquisadores da Unioeste estudam produção de colágeno a partir das escamas de tilápia
O estudo, iniciado em 2025, é desenvolvido pelo Hub de Inovação AgriTech Symbiosis da Unioeste. Foto: Unioeste
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Um projeto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo, investiga rotas tecnológicas para produção de colágeno hidrolisado a partir da pele e das escamas de tilápia.

O estudo, iniciado em 2025, é desenvolvido pelo Hub de Inovação AgriTech Symbiosis da Unioeste e tem foco em sustentabilidade, inovação e fortalecimento da bioeconomia no Paraná.

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A iniciativa surgiu a partir de uma demanda da empresa paranaense Oestegaard Kontinuer, especializada no desenvolvimento de equipamentos para o reaproveitamento de subprodutos de origem animal.

A empresa busca aprofundar o conhecimento técnico sobre processos industriais para obtenção de colágeno.

O segmento ainda não foi explorado no portfólio da empresa, porém tem grande potencial de inovação e mercado, especialmente no Brasil, um dos maiores produtores mundiais de tilápia.

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Paraná é destaque na produção de tilápia

O projeto tem apoio institucional do Governo do Estado e foi contemplado no edital do ano de 2023 da Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável (Ageuni), promovido pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Para a coordenadora do Programa Ageuni na Unioeste, profa. dra. Maria da Piedade Araújo, o programa tem desempenhado um papel fundamental ao aproximar as universidades estaduais das demandas concretas do setor produtivo, criando um ambiente propício para parcerias estratégicas.

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Coordenadora do projeto, a profa. dra. Mônica Lady Fiorese diz que, apesar de o Paraná ser destaque nacional na produção de tilápia, ainda não há registros de produção industrial de colágeno ou colágeno hidrolisado a partir da pele e das escamas dessa cadeia produtiva no país.

Segundo ela, boa parte desses subprodutos é destinada à produção de farinha de peixe para exportação ou simplesmente descartada em aterros sanitários.

Atualmente, apenas 30% a 40% do peso vivo da tilápia é aproveitado para alimentação humana. Pele e escamas, por outro lado, são consideradas subprodutos de baixo valor comercial, explica.

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Denise Paro

Denise Paro é jornalista pela UEL e doutoranda em Integração Contemporânea na América Latina. Atua há mais de duas décadas nas Três Fronteiras e tem experiência em reportagens especias. E-mail: deniseparo@h2foz.com.br

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