Se você tem frigatriscaidecafobia, nem saia de casa, nesta sexta 13

Ali no texto você vai saber o que é isso. Mas tem a ver com a data: sexta-feira 13, em quase todas as culturas sinônimo de dia de azar.

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Se você não é supersticioso de jeito nenhum, deixe esta matéria de lado. Mas, se for uma pessoa normal, ficará curioso em constatar que esta é a primeira sexta-feira 13 de 2019. E, ainda, que será noite de lua cheia. A última vez em que esses dois fatores místicos se juntaram foi em outubro de 2000. E isso só voltará a acontecer em agosto de 2049.

Para os incrédulos, dia de azar é qualquer dia. Afinal, acidentes acontecem diariamente, crimes e tragédias também. O que tem de especial, então, num dia de semana como a sexta-feira, largamente esperado por quem não vê a hora de cair numa happy hour, e num dia do mês como o 13? Nada.

Mas quem é supersticioso vai lembrar ou ser lembrado que foi numa sexta-feira 13 que Jesus Cristo foi crucificado, embora haja controvérsias sobre o dia do mês, já que parece mesmo ter sido na sexta de 1º de abril. Na Santa Ceia, 13 sentaram-se à mesa, um deles o traidor.

Bem antes disso, o grande dilúvio foi numa sexta-feira 13, segundo a tradição judaica.

Sobre o 13, mesmo sem estar associado à sexta-feira, a fama de aziago vem de longe. Já na mitologia nórdica, conta-se que 12 deuses foram convidados para um banquete. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu de surpresa e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses.

É por isso que não se convida 13 pessoas para um jantar. Afinal, os conjuntos de mesa, de maneira geral, são constituídos por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos. E não 13.

Para os antigos egípcios, o número 13 era sagrado, não de azar. A vida, segundo eles, era composta por 12 diferentes estágios para que o ser humano alcance o 13º, que é a vida eterna. O 13 era associado à morte, mas não com conotação negativa, e sim como gloriosa transformação. Mas, em diferentes culturas, onde existia e existe o medo da morte, a crença dos egípcios foi distorcida e o 13 virou sinônimo de morte, de azar.

No mundo moderno, sexta-feira 13 virou símbolo de azar por um motivo bem mais simples: os filmes de Hollywood, inclusive a série da telona com este título, na qual um serial killer faz seus ataques nesta data.

Tudo isso, pra maioria de nós, é motivo de ligeira superstição e alguma diversão. Mas, pra alguns, é motivo de pânico inenarrável.

Você sabia que, na psiquiatria, há até um termo pra quem tem um medo irracional do número 13? O nome é complicado, triscaidecafobia.

Há nomes também para a doença de quem tem medo específico, sempre irracional, da conjugação da sexta-feira com o 13: parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia.

Não se brinca com doenças, porque só quem padece de um pavor assim sabe o quanto traz sofrimento. Mas, também, não dá pra levar a sério uma data qualquer, a não ser 1º de abril, porque se a gente não lembrar que dia é, acaba caindo nalguma pegadinha.

Por isso, vá em frente. Boa happy hour e que ela se estenda até meia-noite, pra que, ao chegar em casa, você já esteja num prosaico sábado 14.

Fontes: jornal Extra e Wikipedia

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