Cuide-se (ainda mais)! Variante do novo coronavírus, mais transmissível, já está circulando no Paraná

Estudo feito em exames de covid-19 enviados pelo Estado à Fiocruz confirmaram uma grande carga viral nessa cepa, que traz novos desafios à saúde pública.

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A variante brasileira do novo coronavírus já havia sido identificada em exames enviados pelo Paraná à Fiocruz. Mas as amostras eram de pacientes provenientes de Manaus (AM), onde a nova cepa surgiu. Agora, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirma que a variante, potencialmente mais transmissível, está em plena circulação no Paraná e em outros estados.

Segundo o estudo feito pela Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (4), 70,4% das 216 amostras do teste RT-PCR para covid-19, enviadas pelo Paraná, estavam com grande carga viral, relacionada à variante P1 (que é a cepa brasileira do novo coronavírus, identificada no Amazonas).

O Observatório Covid-19 Fiocruz alerta “para um cenário preocupante, que alia o perfil potencialmente mais transmissível dessas variantes à ausência de medidas que possam ajudar a conter a propagação e circulação do vírus”.

No mapa da Fiocruz, Paraná é o segundo estado, depois do Ceará, com maior número de amostras contaminadas pela variação do novo coronavírus.

E recomenda que, “frente aos desafios impostos pela alta dispersão e prevalência das ‘variantes de preocupação’”, sejam implementadas as diretrizes apontadas pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), “bem como a necessidade de aceleração da disponibilização de vacinas para ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), visando contribuir para a redução de casos e a probabilidade de aparecimento de novas variantes”.

As medidas consideradas necessárias pelo Conass, que afetam diretamente a vida dos cidadãos, são:

proibição de eventos presenciais como shows, congressos, atividades religiosas, esportivas e correlatas em todo território nacional;

– suspensão das atividades presenciais de todos os níveis da educação do país;

– toque de recolher nacional a partir das 20h até as 6h da manhã e durante os finais de semana;

– fechamento das praias e bares;

– adoção de trabalho remoto sempre que possível, tanto no setor público quanto no privado;

– instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais, considerados o fechamento dos aeroportos e do transporte interestadual;

– adoção de medidas para redução da superlotação nos transportes coletivos urbanos;

– ampliação da testagem e acompanhamento dos testados, com isolamento dos casos suspeitos e monitoramento dos contatos.

FALTA DE LEITOS

Neste outro mapa da Fiocruz, a situação dos leitos para covid-19 nos estados, na comparação com datas anteriores: quase o Brasil inteiro em estado crítico.

Fontes: Agência Estadual de Notícias (AEN) e Fundação Oswaldo Cruz

 

 

 

 

 

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