Letalidade: de cada 100 iguaçuenses que contraem covid-19, quase 2 morrem

A taxa está crescendo progressivamente. Nesta sexta-feira, 26, mais 13 pessoas perderam a luta contra a doença.

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Antes de se abordar a questão da letalidade e da mortalidade em Foz, vamos aos números desta sexta-feira, 26, divulgados pela Vigilância Epidemiológica.

Mais 13 pessoas morreram nas últimas 24 horas, número próximo ao recorde já registrado (16). Desses óbitos, 10 são homens, com idades de 54, 57, 65, 66, 68, 69, 72, 74, 80 e 92 anos; e 3 são mulheres, com 65, 73 e 85 anos.

Há ainda o registro de 129 novos casos, somando agora 31.160 infectados pelo coronavírus. Deste total, 29.971 pessoas já estão recuperadas.

Dos casos confirmados, 398 estão em isolamento domiciliar, com sinais e sintomas leves, e 198 pessoas estão internadas.

LETALIDADE CADA VEZ MAIS ALTA

Com essas 13 mortes das últimas 24 horas, constata-se mais uma vez no Painel Coronavírus, preparado pela Vigilância Epidemiológica de Foz do Iguaçu, que há um aumento contínuo da taxa de letalidade, isto é, a porcentagem de mortes em relação ao total dos casos confirmados.

Esta taxa, em janeiro deste ano, estava em 1,51%, ante a média de 1,82% no Paraná e de 2,49% no País. No dia 26 de fevereiro, tinha aumentado para 1,54%. Há dois dias (quarta-feira, 24), já estava em 1,86%, o percentual mais alto já alcançado na pandemia, ante 1,89% da média paranaense.

Nesta sexta-feira, 26, a letalidade da covid em Foz subiu para 1,90%, colada na média paranaense (que também não para de subir), de 1,91%.

A explicação é simples: quanto mais casos, mais mortes. Mas, quanto mais mortes, quando há uma ligeira redução do número de casos, mais aumenta a taxa de letalidade. As mortes estão na média diária acima de 9, um índice que ninguém imaginaria no ano assado.

Nessa velocidade, Foz pode alcançar a média brasileira de letalidade – 2,45% -, uma das mais altas do mundo. A média mundial é de 2,20%.

Incidência de casos: o número de Foz é superior ao da Regional da Saúde e representa mais que o dobro do índice brasileiro.

MORTALIDADE

Há duas formas de se acompanhar a evolução de uma pandemia numa região: pela taxa de letalidade, que é a proporção de mortes que ela deixa enquanto avança; ou pela mortalidade, que é quantas pessoas morrem da doença proporcionalmente à população.

Na taxa de letalidade, Foz está mal, mas ainda está abaixo da média paranaense. Mas, tanto em casos quanto em mortes, a regional de Saúde de Foz lidera o ranking do Paraná, puxada principalmente pelos índices iguaçuenses.

Nas tabelas abaixo, há os casos proporcionais à população, com a regional de Foz encabeçando e, ainda por cima, em estado de emergência. São 11.178 casos registrados a cada 100 mil moradores, enquanto no Paraná são 7.109.

Se os índices proporcionais à população forem aplicados exclusivamente a Foz do Iguaçu, e não a toda a regional, que abrange mais oito municípios, a situação seria ainda pior.

 

Em mortes, o estado é de atenção. A regional de Foz aparece com 187,5 mortes a cada 100 mil habitantes, enquanto a média paranaense é de 135,7.

Observe que a regional de Cascavel, onde também há um colapso sanitário, há bem menos, proporcionalmente, casos e óbitos.

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