Pandemia volta com força. Brasil, Paraguai e Argentina pioram no ranking mundial

Na comparação com a semana até 22 de dezembro, casos se multiplicaram nos três países. Em óbitos, Argentina também piorou.

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Na comparação com a semana até 22 de dezembro, casos se multiplicaram nos três países. Em óbitos, Argentina também piorou.

Já não há mais a tranquilidade dos últimos dias de dezembro. Mesmo em Foz do Iguaçu, cidade bem coberta por vacinação, os casos estão aumentando muito.

Os três países vizinhos, Argentina, Brasil e Paraguai, estavam cada vez mais distantes no ranking mundial, cujos primeiros postos eram – e ainda são – ocupados por Estados Unidos e países da Europa, principalmente.

Mas, agora, por causa da variante ômicron, que já domina os indicadores, estamos voltando com força ao ranking. É possível comprovar isso mostrando os números da semana até 22 de dezembro e da semana até este domingo, dia 9, conforme dados divulgados pelo site Worldometer.

Vamos comparar como ficou a situação nos três fronteiriços, em números absolutos, no ranking que acompanha a pandemia em 212 países e territórios:

Argentina: estava em 21º lugar em casos e em 44º em mortes por covid-19, na semana até 22 de dezembro. Na semana até este domingo, subiu para o 6º lugar em casos e para 44º em óbitos.

Brasil: do 31º lugar em casos, passou para o 13º. Em óbitos, manteve-se na 12ª posição.

Paraguai: em casos, passou do 115º para o 80º lugar. No índice de mortalidade, melhorou: caiu da 56ª para a 76ª posição no ranking.

PROPORCIONALMENTE

Uma das comparações mais utilizadas para avaliar a situação da pandemia, país a país, é o índice proporcional. No caso, quantos casos e mortes são registrados a cada 1 milhão de habitantes. Vejamos o que mudou:

Argentina: na semana até 22 de dezembro, havia 827 casos e 3 mortes provocadas pela covid-19 a cada 1 milhão de habitantes.

Agora, na semana até domingo, 9, são 13.440 casos e 6 mortes por milhão de habitantes.

Brasil: índice era de 110 casos e 4 óbitos por milhão; na semana até domingo, os casos saltaram para 1.074 por milhão de habitantes. A mortalidade, no entanto, permaneceu em 4 óbitos por milhão.

Paraguai: de 119 casos e 10 mortes por milhão de habitantes, na semana até 22 de dezembro, o índice de casos saltou para 1.095 por milhão, enquanto o de mortes caiu à metade: 5 por milhão.

Em casos por milhão, a Argentina aparece em 34º lugar no ranking mundial; em óbitos por milhão, em 89º.

O Paraguai, em casos por milhão, está em 109º lugar; em óbitos, em 94º.

O Brasil está melhor que os dois vizinhos: 110º lugar em casos e 105º em óbitos.

VACINAÇÃO

Dá para se destacar uma questão importante: as mortes não aumentam proporcionalmente aos casos, graças à vacinação, mais avançada no Brasil e na Argentina.

Há que se cuidar, no entanto, para que esta vacinação continue e seja ampliada até uma ampla maioria estar imunizada.

Porque países europeus voltaram a ter mortalidade elevada, em números absolutos e proporcionais à população.

A França, por exemplo, registrou na última semana 23 mortes por milhão de habitantes; Alemanha e Itália, 22. E os Estados Unidos, 31 mortes por milhão.

Em relação aos índices de vacinação, a Argentina está entre os melhores do mundo, com 85% da população imunizada com uma dose e 73% com duas.

O Brasil também está entre os primeiros, com 78% dos brasileiros imunizados com uma dose e 67,5% com duas.

Já o Paraguai imunizou com uma dose 41,6% da população e 48,3% com duas. O país deve iniciar agora a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, para que cheguem protegidas às escolas. As aulas começam em 21 de fevereiro.

Os dados são do site Our World in Data.

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