Promotor encaminha à Justiça primeiro caso comprovado em Foz de “fura-fila” da vacina

Um adolescente foi colocado indevidamente numa “flla da vacina” pelos pais, sócios de um estabelecimento privado de saúde.

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O promotor Luís Marcelo Bernardes da Silva, da 9ª Promotoria de Justiça de Foz do Iguaçu, encaminhou para decisão da Justiça, na segunda-feira, 22, o primeiro caso de investigação já concluída sobre um “fura-fila” da vacina contra covid-19.

Segundo a investigação criminal, um adolescente de Foz teve seu nome indevidamente incluído em planilha para vacinação, num estabelecimento privado de saúde, do qual seus pais são sócios. O adolescente recebeu a primeira dose da vacina, “de nenhum modo liberada a pessoas menores de 18 anos”, como informa nota pública distribuída pela 9ª Promotoria de Justiça.

“Há indícios suficientes à deflagração da persecução penal em desfavor da então representante legal da empresa, por prática, em tese, do crime de falsidade ideológica, previsto pelo artigo 299, do Código Penal”, diz a nota, que conclui: “A Promotoria de Defesa da Saúde Pública segue investigando outros casos, intitulados ‘fura-fila’, nos municípios de Foz do Iguaçu e de Santa Terezinha de Itaipu”.

Em vídeo também encaminhado à imprensa, o promotor Luís Marcelo Bernardes da Silva afirma que não têm razão aqueles que não acreditam em punição. “Há murmúrios que circulam de que isso não dá nada. Vai acabar em pizza”, disse o promotor, para deixar o aviso: “Fica aqui o recado aos negcionistas da punibilidade: Se você furar a fila, nós vamos pegá-lo. Estamos todos no mesmo barco”.

Desde o início da campanha nacional de vacinação contra a covid, no final de janeiro deste ano, a 9ª Promotoria de Justiça de Foz do Iguaçu iniciou um procedimento administrativo para acompanhar de perto os planos nacional e estadual de vacinação. A partir dali, foram recebidas várias denúncias. Segundo o promotor, todas estão sendo investigadas.

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